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Música nativista

Gurizada aprende a tocar gaita em oficina

Alunos com idades entre sete e 14 anos aprendem a tocar ritmos gaúchos na oficina de gaita criada por uma parceria entre o Sesc e o Instituto Renato Borghetti

09/10/2012 - 07h17min

Atualizada em: 09/10/2012 - 07h17min


Eduardo Susin (à frente), com o professor Renato (C) e os colegas Artur (E) e Eduardo

Se depender do empenho dos alunos da oficina de gaita oferecida a crianças e adolescentes a partir da parceria entre o Sistema Fecomércio-RS/Sesc e o Instituto Renato Borghetti, o amor à tradição gaúcha e à música nativista terão vida longa. Desde maio deste ano, 20 alunos com idades entre sete e 14 anos, entre eles quatro meninas, estão participando das aulas, que são gratuitas e individuais. Xote, valsa e rancheira são alguns ritmos gaúchos que a turminha está aprendendo.

Com a gaita ponto de oito baixos, o pequeno Eduardo Susin Cardeal, oito anos, mostra que leva jeito para gaiteiro.

- Eu sempre gostei de gaita. Tem que ter um pouco de ouvido para música - explica o menino, que é fã do mestre Renato Borghetti.

Gaiteiros se dedicam

O professor Renato Müller de Fraga, 31 anos, - que também teve o primeiro contato com o instrumento ainda na infância - explica que a aprendizagem é oral e os alunos têm nove gaitas à disposição (e podem levar o instrumento para casa de vez em quando, para praticar). O empenho dos jovens gaiteiros já está dando frutos, em apresentações.

Aprendizado é longo

O aluno Eduardo Moraes Lopes, 12 anos, conta que nunca tinha pensado em tocar gaita, mas está gostando muito das aulas. A ideia de entrar na oficina foi da avó Beatriz, 71 anos, que faz aulas de teatro no Sesc.

Arthur Vieira de Lima, 14 anos, é envolvido com o tradicionalismo desde quando estava na barriga da mãe, que é professora de dança. Membro do CTG Carreteiros da Saudade, de Gravataí, o guri acumula três anos de aula de gaita. Na oficina, está aprendendo ainda mais.

- Tem que ter vontade (para aprender a tocar o instrumento) porque o caminho é bem longo - ensina.

Aulas ajudam na socialização

Pai de Arthur, Agnaldo Sarmento, 41 anos, é professor de dança e conta que queria oferecer ao filho a oportunidade de ter contato com arte. O envolvimento com a música melhorou também o comportamento do guri.

- Ele é introspectivo e as aulas contribuíram para ele se soltar. Não temos a pretensão que ele seja um gaiteiro, mas a gaita vai auxiliar no caminho, na formação dele - diz o pai.

Benefícios na escola

Antônio Rodrigues, agente de cultura e lazer do Sesc, observa os benefícios que as aulas trazem para os participantes:

- Ao natural, eles apresentam melhoria na escola, na aprendizagem. Ficam mais tranquilos, ajuda na socialização.


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