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Porto Alegre

Demora em atendimento médico causa confusão na UPA da Zona Norte

O problema foi a alta procura pelo serviço, com pacientes vindos de cidades da Região Metropolitana

08/07/2013 - 21h12min

Atualizada em: 08/07/2013 - 21h12min


Pacientes aguardavam há dez horas por atendimento

Mais de dez horas de espera por atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento Moacyr Scliar (UPA 24h), na Zona Norte de Porto Alegre, causou princípio de discussão entre pacientes e funcionários, por volta das 20h desta segunda-feira.

Com a mãe de 66 anos aguardando pela avaliação do clínico desde às 9h, o funcionário público aposentado Valtair Quadra, 40 anos, do Bairro Rubem Berta, exigia atendimento imediato para ela, que foi considerada grau azul (não urgente).

- Minha mãe não está conseguindo falar e eles dizem que ela pode aguardar. O problema é ficar numa cadeira de rodas desde de manhã. Já são oito horas da noite e nada - disse, indignado.

Já o montador Jocemar Gonçalves, 31 anos, morador de Alvorada, aguardava desde o meio-dia para saber o que era a dor na coluna que o incomodava.

- Eles não dão preferência para crianças e idosos. Está todo mundo sem uma resposta - reclamou.

No balcão de atendimento, a atendente tremia as mãos cada vez que precisava explicar a um novo paciente que ele precisaria aguardar algumas horas até ser atendido.

Segundo o responsável técnico da UPA 24h, João Roberto Saraiva, a unidade estava atendendo no limite máximo de especialistas - cinco clínicos, dois pediatras e um cirurgião. O problema foi a alta procura pelo serviço, com pacientes vindos de cidades da Região Metropolitana (Cachoeirinha e Alvorada) e a falta de entendimento dos pacientes sobre as prioridades de atendimento.

- Por dia, temos capacidade de atender até 500 pessoas. Os que desistem não estamos contabilizando, e são muitos. Atendemos pelo protocolo de Manchester, que padroniza os pacientes por grau de risco de vida. No caso da paciente de grau azul, ela foi considerada o caso menos urgente, podendo esperar mais tempo. Pelo estatuto do idoso, a prioridade dele desaparece nos serviços de emergência - explicou.


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