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No Hospital, a brincadeira nunca acaba

Hospital de Brinquedos recupera lembranças boas da infância

16/07/2013 - 12h01min

Atualizada em: 16/07/2013 - 12h01min


"Brincadeira de criança como é bom, como é bom, guardo ainda na lembrança...". Assim como na letra da música eternizada pelo grupo de pagode Molejo, muitas pessoas guardam na memória os brinquedos da infância. Outras vão além e ainda mantêm bonecas e carrinhos da época em que ainda nem eram adolescentes.

No entanto, mesmo que aquele divertimento infantil seja preservado com carinho por muitos anos, mais cedo ou mais tarde, os efeitos do tempo começam a aparecer.

Nos bonecos, podem ser braços, pernas, cabelos e olhos quebrados ou faltando. Nos carrinhos, rodas e peças plásticas, entre tantas coisas. Porém, é possível dar nova vida àqueles tesouros guardados no fundo do baú. Foi com esta missão que, em 1985, na cidade de Divinópolis (MG), surgiu o Hospital dos Brinquedos.

Assistência em Porto Alegre

Embalado pelo desejo saudosista da eterna criança que existe nos adultos, o Hospital ganhou notoriedade em todo o país e tem diversas filiais espalhadas pelo Brasil. Em Porto Alegre, a empresa autorizada é a Nebulimed. Proprietário da loja, Marcelo Rodrigues, 43 anos, conta que, recentemente, arrumou uma boneca da década de 60.

- É uma boneca Beijoca que, quando a pessoa faz ela bater palma, ela dá um beijo. Estava com problemas nos braços - explica.

Conserto varia conforme a peça

O prazo para que esses antigos passatempos fiquem novos em folha varia. Como não tem um estoque na Capital, o hospital requisita as peças para matriz.

- Envio um e-mail para a central informando a parte que falta e eles me mandam via Correios. Porém, dependendo da situação, nós mesmos fabricamos o que é preciso - diz.

Se a peça em falta é nacional, o tempo máximo para conserto é de 15 dias, mas se precisar ser importada, pode demorar até seis meses. O custo varia, em média, de R$ 25 a R$ 100, dependendo da dificuldade do reparo.

Segundo Marcelo, é possível restaurar praticamente qualquer brinquedo, à exceção de alguns produtos chineses.

Apelo sentimental move Marcelo

O responsável pela filial do Hospital em Porto Alegre garante que decidiu consertar brinquedos porque ainda se sente como uma criança. De acordo com Marcelo, durante sua infância, seus pais estavam em dificuldades financeiras e ele não pode ter muitos passatempos.

- Gosto muito de brinquedos e de brincar - diverte-se.

O apelo sentimenal não move apenas o "médico", mas também os proprietários dos "pacientes". Segundo Marcelo, boa parte da clientela tem mais de 30 anos e, alguns, têm vergonha de assumir que são os donos quando levam um produto até lá.

- Em geral, quando os brinquedos são mais atuais, são de crianças que os pais trouxeram para consertar. Agora, quando são mais antigos, quase sempre são dos próprios adultos - finaliza.


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