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Estrada entre Viamão e Porto Alegre é um atoleiro sem fim há mais de três décadas

Moradores pedem solução para trecho de 600m da Estrada João de Oliveira Remião

24/09/2015 - 07h02min

Atualizada em: 24/09/2015 - 07h02min


Mateus Bruxel / Agencia RBS
Moradora precisa levar sacolinhas na bolsa para não sujar os pés

É sempre assim: basta caírem os primeiros pingos de chuva para os moradores da localidade de Passo da Batalha, em Viamão, no limite com Porto Alegre, serem engolidos pelo barro que se acumula em cerca de 600m da Estrada João de Oliveira Remião, entre as paradas 30 e 35. Nesta semana, mais uma vez, a chuvarada deixou isolados pedestres e motoristas.

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Até quem estava sobre duas rodas teve dificuldades para cruzar o atoleiro que se formou próximo à Parada 33. Foi o que ocorreu com o motoqueiro Filipi Ribeiro Fernandes, 28 anos, morador da região, na manhã de ontem. Na tentativa de não sujar as calças com os respingos de barro, Filipi levantou os pés e cruzou em baixa velocidade um trecho de 50m, onde a lama chegava a 30cm de altura.

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- Não adiantou nada. Foi como se eu tivesse me jogado no barro. Aqui, a gente só tem descanso quando tem sol. Melhor engolir poeira do que ficar isolado - reclamou.
 
Improviso
Sem asfalto, resta à dona de casa Cleidi Célia dos Santos, 59 anos, moradora há nove anos da estrada, continuar usando uma proteção improvisada para os calçados quando precisa se deslocar a pé cerca de 300m até a parada de ônibus. Em dias chuvosos, Cleidi carrega quatro sacolas plásticas na bolsa: duas já saem de casa nos pés. As outras são para a volta.

- A pior coisa é chegar na cidade com os pés sujos de barro - resumiu.

Nos cerca de 20 minutos em que a reportagem esteve no trecho próximo da Parada 33, quatro ônibus, cinco motos, seis caminhões e pelo menos 15 carros passaram pelo local com dificuldades. Quem não parou para falar com a equipe, buzinou ou reclamou à distância do problema recorrente há mais de três décadas.

Sem perspectivas de pavimentação
O secretário de Obras e Serviços Públicos de Viamão, Valdir Elias, afirma estar ciente do problema entre as paradas 30 e 35. Ele garante que, assim que o solo secar, será feita a recuperação do trecho em caráter de urgência. Afinal, não há projeto ou perspectiva de pavimentação.

- Para a Secretaria de Obras iniciar o trabalho é necessário que as condições climáticas fiquem sem chuva, e que o solo seque. Nestas condições climáticas, a estrada poderá ceder e ficar em condições piores - explica.

 


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