Seu problema é nosso
Faltam remédios básicos em Porto Alegre
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) diz que o problema aconteceu devido ao atraso do fornecedor
Hipertenso, o representante comercial aposentado José Carlos Balestrim, 70 anos, depende dos medicamentos fornecidos pela farmácia municipal que funciona no Postão da IAPI, em Porto Alegre. Há duas semanas, porém, ele não consegue retirá-los.
José precisa de caixas do Captopril e de Hidroclorotiazida, ambos usados para tratamento da pressão alta. Segundo ele, a falta atinge também outros medicamentos.
- Na última vez que fui na farmácia tinha oito pessoas na minha frente na fila, todas saíram sem medicação - relata o morador do Bairro IAPI.
Mãos vazias
Em 15 dias, ele já foi três vezes atrás dos remédios e voltou para casa de mãos vazias. Ontem, ligou para a farmácia e recebeu a mesma resposta que ouviu em todas as visitas ao posto:
- De novo, não deram prazo para chegar. Sem previsão - diz.
A demora assusta o aposentado. Ele conta que os medicamentos faltaram outras vezes, mas sempre eram repostos em menos de uma semana.
- Se chegar na farmácia, é possível ver que as prateleiras estão vazias. São remédios básicos, que muitas pessoas precisam - conta.
Medicamentos devem ser repostos até sexta
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reconhece que há falta de remédios em algumas Unidades Básicas de Saúde de Porto Alegre. O órgão informou que houve problema de entrega devido ao atraso do fornecedor.
Na segunda-feira, a secretaria garantiu ao Diário Gaúcho que os remédios haviam sido comprados e que, inclusive, já estariam no depósito da SMS, em Porto Alegre, apenas aguardando a distribuição nas unidades.
A previsão da secretaria é de que o fornecimento seja normalizado até o final desta semana.