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Seu problema é nosso

Menina de Alvorada precisa de três vacinas

Para ajudar no combate a uma doença grave, bebê de um ano e quatro meses necessita urgente das medicações

02/12/2015 - 08h16min

Atualizada em: 02/12/2015 - 08h16min


Arquivo pessoal / Leitor

A pequena Josiane Vitória da Silva Dorneles, de um ano e quatro meses, trava uma luta pela saúde desde que nasceu, no ano passado. A moradora de Alvorada tem uma doença rara, a Meningomielocele, e precisa com urgência de duas vacinas para ajudar no combate ao problema. A mãe da menina, Josiane da Silva, 24 anos, explica que as vacinas Meningocócica ACWY e Meningocócica B custam caro e não são disponibilizadas pela rede pública.

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Doença

- A minha filha necessita de duas doses da tipo B, que custa em torno de R$ 570 cada, e uma da ACWY, que sai cerca de R$ 270. Eu estou há dois meses correndo atrás para conseguir de alguma maneira, mas está difícil e é a saúde dela em jogo - desabafa Josiane.

Ela descobriu a doença da filha no parto. A Meningomielocele é uma má formação congênita na coluna vertebral que aparece em forma de caroço, variando de tamanho, e deixando a medula descoberta, o que a torna ainda mais perigosa.

Geralmente, é possível detectar a enfermidade quando a criança ainda está na barriga.

Imunidade

A pequena Josiane Vitória passou por duas cirurgias. A primeira foi para retirar o tumor das costas e a outra para colocar uma válvula no cérebro para evitar o entupimento das veias. Com a imunidade muito baixa por conta da doença, a bebê não pode ficar doente. As vacinas são justamente para prevenir a entrada de bactérias em seu organismo.

- Ela faz acompanhamento médico a cada dois meses. Em uma dessas consultas descobrimos que a Josiane estava com bronquiolite, o que tornou a necessidade das vacinas ainda mais urgente - conta a mãe.

Defensoria

Josiane tentou, por meio da Secretaria de Saúde de Alvorada, conseguir as vacinas. Como não obteve ajuda, resolveu recorrer à Justiça. Há dois meses a mãe da menina vem tentando abrir um processo junto à Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, contudo, está demorando mais do que imaginava.

- Cada vez que eu vou lá me pedem novos documentos, eu junto tudo, daí quando volto o laudo da minha filha expirou, pois só vale por 30 dias. Aí eu volto no médico, faço novamente e, quando chego na defensoria, eles pedem outros papéis e é sempre essa burocracia. Até quando vamos ter que esperar? - questiona ela.

Vacina Meningocócica não é disponibilizada pelo governo

A Secretaria Estadual da Saúde informou que as vacinas Meningocócica ACWY e B não fazem parte do calendário básico de vacinação do Sus, que distribui de graça vacinas para erradicar, eliminar e controlar as doenças imunopreveníveis como a poliomielite (paralisia infantil), sarampo, tuberculose, rubéola, gripe, hepatite B, febre amarela, entre outras.

O calendário do Sus é formado por vacinas que se destinam a prevenir doenças a partir de critérios rígidos epidemiológicos, e por meio de evidências científicas. As vacinas necessárias para Josiane, portanto, não se enquadram nos critérios do Sus.

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