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Maltratados em circos da América Latina, leões vão viver na África do Sul

Trinta e três felinos retirados do Peru e da Colômbia se preparam para viajar de avião até reservatório em Joanesburgo

29/04/2016 - 12h43min

Atualizada em: 29/04/2016 - 12h50min


Leões viajarão dentro de caixas separadas

Eles foram domesticados para servir de atração ao público, mas agora poderão descansar no meio da natureza. Hoje, nove leões retirados de circos da Colômbia e outros 24 felinos de circos do Peru começam a se preparar para uma viagem de avião com destino à África do Sul. A promessa é uma vida em liberdade num reservatório de Joanesburgo, no sul do continente africano.

Tanto o resgate quanto a viagem foram planejados pela Animal Defenders International (Defensores Internacionais de Animais), entidade que vem promovendo uma campanha para que países do mundo inteiro proíbam circos de usarem animais como atração.

Em 2011 e 2012, Peru e Colômbia aprovaram leis nesse sentido. A operação para resgatar os leões ganhou o nome de "Espírito de Liberdade".

Ativistas da entidade preparam animais para viagem

Da Colômbia, os nove leões irão em um avião de carga até Bogotá, onde, na manhã do próximo sábado, dia 30, embarcam em mais viagem até Lima, capital do Peru. Ali, encontrarão com os outros 24 felinos resgatados. O grupo vai voar durante 14 horas para finalmente chegar à África. De acordo com a Animal Defenders, o deslocamento dos animais está sendo pago com dinheiro de doações.

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Abaixo, uma imagem das jaulas onde os leões viviam em um circo da cidade de Huaral, no Peru A foto foi publicada no Facebook com a frase "Nunca esqueça de onde eles vieram".

Alguns leões tiveram as garras arrancadas e os dentes esmagados para que deixassem de ser uma ameaça aos funcionários dos circos. Sem condições de sobreviver na natureza, serão encaminhados a um reservatório em Joanesburgo, o Emoya Big Cat Big Sanctuary, na província de Limpopo. De acordo com a Animal Defenders, a área será fechada ao público.

Com trepadeiras e arbustos, o lugar procura reproduzir o que seria o habitat natural dos animais. A entidade deu um nome propício ao retiro dos leões após anos vivendo dentro de jaulas: aposentadoria sob sol africano.

– É o final perfeito. Esses leões sofreram o inferno na terra e agora voltam para casa, para o paraíso – disse o presidente da Animal Defenders, Jan Creamer.

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