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#MissãoJornalismoDG

Vencedoras de concurso cultural encerram experiência de cinco dias na Redação do DG

Nicolle Timm, 18 anos, da PUCRS, e Brenda Aurélio, 19, da UniRitter, participaram de atividades durante cinco dias

16/06/2016 - 20h31min

Atualizada em: 16/06/2016 - 21h14min


Brenda (E) e Nicolle foram as vencedoras do #MissãoJornalismoDG

Após cinco dias vivenciando a rotina da Redação do Diário Gaúcho, as universitárias Nicolle Timm, 18 anos, da PUCRS, e Brenda Aurélio, 19 anos, da UniRitter, disseram um "até logo" ao DG com mais vontade de fazer jornalismo. Elas foram as vencedoras do concurso cultural #MissãoJornalismoDG.

Nos dias 9, 10, 13, 14 e 15 deste mês, entre outras atividades, elas estiveram ao lado de jornalistas em reportagens externas, acompanharam reuniões de pauta e aprenderam sobre o funcionamento das operações digitais do jornal.

O anúncio das vencedoras foi feito na terça-feira da semana passada. Nicolle e Brenda produziram um texto jornalístico com o tema "Como é a rotina de uma família que vive com uma renda mensal de um salário mínimo" e apresentaram uma proposta de publicação do conteúdo nos meios digitais.

Segundo Nicolle, que está no terceiro semestre da graduação, o principal aprendizado proporcionado pelo concurso é sobre a verdadeira função do jornalista.

– Colocar a mão na massa, estar com o pé na rua e manter proximidade entre o público e a notícia – destaca.

Estudante do primeiro período da faculdade, Brenda tira outra lição, além de uma inspiração para a carreira.

– Aprendi, com Renato (Dornelles, repórter de polícia), sobre a importância da simpatia. Às, vezes, jornalistas são arrogantes. Ele consegue informações sendo simpático e mantém o profissionalismo. Passei a admirá-lo.

Elas conversam com a assistente Shallon Teobaldo sobre o WhatsApp do DG

Para as participantes, discussões presentes na vida acadêmica também foram vistas na Redação, como o contato com as fontes.

Jornal popular

Questionadas sobre o significado desse conceito, elas são rápidas em responder.

– É um jornal que consegue atingir um grande número de pessoas, atinge o coração de pessoas que precisam ser informadas de forma clara – aponta a estudante da PUCRS.

– É o Diário Gaúcho: manter contato, conseguir mudar situações, problemas que as pessoas aguardavam soluções havia anos – defende a universitária da UniRitter.

Editor Thiago Sturmer explicou o funcionamento da seção online do DG

Elas ainda arriscaram um recado para quem tem preconceitos em relação a jornais populares.

– Eu diria para desistirem dos preconceitos em relação ao jornal. As pessoas têm que dar valor. Ele não é cópia de nenhum jornal. É totalmente autêntico. E gaúcho – opina Brenda.

– Conheçam, leiam antes de opinar. Saibam o quanto a informação é pensada aqui e que o retorno das pessoas é importante para o jornal – sugere Nicolle.

A seguir, o relato das estudantes sobre a experiência de cinco dias na Redação do Diário Gaúcho.

Nicolle Timm: "O jornal que está na mesa de jantar"

"Até terça-feira passada, o Diário Gaúcho não era um jornal daqueles que costumo acompanhar. Daquele dia em diante, comecei a repensar o assunto. Foi quando recebi a notícia de que havia sido selecionada para participar do Missão Jornalismo DG, que proporcionaria a duas estudantes de Jornalismo uma semana de vivência na Redação. Cheguei ao Diário Gaúcho na quinta-feira, por volta das 9h30. Um pouco tímida, sem saber o que encontraria por lá. Queria muito conhecer como funcionava uma Redação de jornal e experimentar um pouco do que é feito naquele ambiente curioso. De manhã, tinham poucas pessoas, mas fui bem recebida. Confesso que logo me senti em casa.

A reunião da manhã foi a primeira atividade da qual participei, quando conheci como é a organização das pautas do jornal. Naquele dia, o cronograma não tinha nada planejado para a tarde. Mas eu e a Brenda, a outra vencedora do concurso, nos entregamos de braços abertos para a experiência e, assim, extrapolamos o que estava previsto. A curiosidade e o interesse pela editoria de Polícia foi logo atendida. O repórter Renato Dornelles foi participar de duas coletivas no Palácio da Polícia, uma delas sobre o furto de 110 netbooks no Colégio Aurélio Reis, e não se incomodou de irmos com ele. Lá, fotografei os computadores apreendidos para utilizar a imagem em uma publicação no Twitter do DG. Na manhã do dia seguinte, fui surpreendida. “Vem cá, tchê, foto na capa do jornal, então?”, me disse o editor-chefe, Carlos Etchichury.

Experiências como essa durante a faculdade são únicas. No Diário Gaúcho, encontrei uma equipe que apostou na minha vontade de participar de tudo e fez questão de mostrar todos os detalhes da produção do jornal. Eu e a Brenda fizemos outras saídas com repórteres, como ir até o Centro Histórico com o jornalista Leandro Rodrigues para fazer uma pauta da editoria de Geral e acompanhar a repórter de Polícia Schirlei Alves. Conversei com todos os editores e consegui entender como cada área é pensada. Tudo isso despertou ainda mais o desejo de trabalhar com jornalismo, de colocar o pé na rua e ir atrás da informação. Me lembro do que a produtora Cáren Baldo, que nos recebeu no primeiro dia, nos disse: “Repórter não tem que ter medo”. E essa é a realidade que conheci na prática dentro do Diário Gaúcho. Não é qualquer jornalismo que é feito lá. É um jornalismo feito por gente que não tem medo, que suja o sapato mesmo porque o que importa é o público que vai receber a informação. É um jornal que se preocupa com as pessoas.

Nessa segunda-feira, acompanhei o fechamento do jornal com o editor-executivo, Felipe Bortolanza, e visitei o Parque Gráfico, onde são feitas as impressões. Vi como são pensadas a diagramação e as manchetes da capa. O dia não foi dos mais agitados, por isso consegui conversar com ele sobre os jornais populares e o que torna o Diário Gaúcho tão especial. E descobri mais do que pensava que já sabia. Aqueles que acham que o DG é um jornal sensacionalista é porque, como o Felipe me disse, não o leem. “Ele é feito para entrar na casa das pessoas, estar na mesa de jantar”, falou. E ele tem razão nisso. Nos dias em que estive lá, percebi o quanto os profissionais que trabalham no DG se dedicam para entregar na casa dos gaúchos um produto pelo qual o povo tem um carinho especial, perceptível quando conversamos com as pessoas na rua.

Se tem uma palavra que resumiria essa semana na Redação, seria certeza. A experiência significou a certeza de que quero seguir no jornalismo e a certeza de que ainda existe muito produto jornalístico de qualidade sendo feito. Na quarta-feira, saí com mais vontade de voltar do que a de conhecer, quando cheguei. Deixei no DG um pouco da minha paixão pelo jornalismo e saí com mais bagagem na profissão que escolhi. Ainda volto para uma Redação. A culpa? Do Diário Gaúcho. A partir de agora, é um jornal que vai estar sempre na mesa da sala de jantar aqui de casa."

Brenda Aurélio: "Tive a melhor experiência que uma estudante de primeiro semestre poderia ter"

"Estou no primeiro semestre na universidade UniRitter, cursando Jornalismo. O primeiro concurso Missão Jornalismo DG me garantiu a oportunidade de conhecer a Redação do DG, nos dias 9, 10, 13, 14 e 15. Para participar do concurso, criei um texto jornalístico baseado na história de duas famílias, que vivem com um salário mínimo.

Ao chegar na redação, fui recebida por Carlos Etchichury, editor-chefe do DG. Ou Chuchu, como é carinhosamente chamado por todos. Presenciei as reuniões da manhã, com os diferentes editores do jornal. Conheci o repórter de Polícia Renato Dornelles, que me fez perceber que profissional eu quero ser. Saímos para entrevistas exclusiva e coletiva. Acompanhei o funcionamento do WhatsApp, do site, do Twitter e do Facebook do DG. Tive o prazer de conhecer a diretora dos Jornais, Marta Gleich, em um bate-papo curto, porém motivador. Conheci a redação da Rádio Gaúcha e seus estúdios de gravação, além de conhecer rapidamente a redação da Zero Hora.

Tive a melhor experiência que uma estudante de primeiro semestre poderia ter. Espero que o projeto continue, pois todos deveriam ter essa oportunidade. Conheci diferentes profissionais e vivi na prática tudo que a faculdade ensina e tudo que ainda não ensinou. A cada dia na redação, eu percebi que escolhi a profissão certa. Ver a paixão dos gaúchos pelo jornal popular e ver também a paixão dos profissionais em fazer o melhor para esse público me faz entender o que é Jornalismo. A semana acabou, infelizmente, mas só tenho agradecimentos a fazer. A todos os jornalistas conselheiros, àqueles que me permitiram estar ao seu lado em cada passo, até nos almoços e às vezes no banheiro, obrigada. Vocês mudaram a minha vida, me garantiram a certeza de que estou no rumo certo."

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