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Felipe Bortolanza: Pobres Pokémons...

03/08/2016 - 14h14min

Atualizada em: 03/08/2016 - 14h16min


Felipe Bortolanza
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Nunca fui fanático por jogos eletrônicos. Na infância, preferia jogar bola, andar de carrinho de lomba ou bater figurinhas com meus amigos. Claro que eu curtia jogar Atari. Aos nascidos de 1990 em diante, uma explicação importante: Atari era o videogame mais famoso dos anos 80. Funcionava com fitas grandes, do tamanho de uma fatia de pão de forma. Nada lembra as tecnologias de hoje. Muitos jogos eram preto-e-branco até. Nem se imaginava vivenciar a brincadeira em telas full HD e controles sem fio.

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Marmanjo caçando... árvore!

Pois lembrei destes primórdios do videogame ao saber da existência do tal Pokémon Go, um jogo que promete trazer para o nosso vocabulário o termo “realidade aumentada”. Para quem ainda não leu nada sobre isso ou não deparou com alguma reportagem de tevê: pelo celular, você poderá “caçar” personagens que estarão escondidos por ruas ou ambientes fechados. A imagem da tela promete ser muito próxima à real, usando a câmara agregada ao GPS de seu smartphone. Após caçar os monstrinhos, o jogador treina-os para lutar uns contra os outros.

A palavra “pokémon” vem do inglês “pocket monster”, isto é, monstro de bolso. A invenção japonesa que encantou a criançada em

1996, arrasta multidões, incluindo adultos.

Nos EUA, onde a novidade chegou primeiro, já teve marmanjo batendo o carro em árvore porque estava de olho no celular! Afinal, eles já são milhares, porque passam por estágios de evolução. O mais famoso deles talvez seja o Pikachu, que surgiu como Pichu e virou Raichu na fase evoluída.

Violência, a nossa “realidade aumentada”

O jogo deve chegar ainda neste ano ao Brasil. Pobres bichinhos quando chegarem a cidades como Porto Alegre!

Do jeito que anda a violência e a guerra promovida por traficantes, os monstrinhos correm sério risco de morrerem de bala perdida antes de ser caçados por algum jogador.

Aqui, infelizmente, vivemos uma “realidade aumentada” quando o assunto é tráfico, homicídios, roubos e desamparo policial. Será que um dia toda esta violência conseguirá ser caçada e deixada presa apenas no mundo virtual?



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