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Em meio à pandemia

Remédios terão reajuste de até 5,2% após aval de Bolsonaro

 Aumento, que estava congelado desde o dia 31 de março, ocorrerá em cerca de 13 mil medicamentos disponíveis no mercado

03/06/2020 - 09h16min


Folhapress
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Ana Paula Branco
Ricardo Wolffenbüttel / Agencia RBS

O presidente Jair Bolsonaro autorizou o reajuste nos preços dos medicamentos em até 5,2%. O aval foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União desta segunda (1°).

Em março, o Sindusfarma divulgou estimativa de que o preço dos medicamentos deveria ter reajuste médio de 4,08%. O reajuste anual poderá ser aplicado em cerca de 13 mil apresentações de medicamentos disponíveis no mercado. 

Remédios fabricados por diversos laboratórios, como são os genéricos, podem ter reajuste de até 5,21%. Remédios com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica (doença) são oferecidos no país por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda.

O reajuste é liberado tradicionalmente no fim de março pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão composto pela Anvisa e pelos ministérios da Saúde, da Casa Civil. O valor antecipado pela indústria é apurado com base em critérios de reajuste estabelecidos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), a partir dos três índices máximos de aumento aplicados aos produtos conforme a quantidade de concorrentes na fabricação, além da inflação oficial.

Em 31 de março, em sua conta no Facebook, o presidente anunciou que o reajuste seria adiado por dois meses, em razão da pandemia do coronavírus, após acordo com a indústria farmacêutica. A Medida Provisória 933 formalizou a suspensão, mas ainda aguarda votação no Congresso.

Redes como a Raia Drogasil anunciaram a suspensão dos aumentos em abril. De acordo com a empresa, a decisão faz parte de campanha de proteção dos consumidores contra o coronavírus. 

— É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos. Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer — recomenda o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.


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