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Covid-19 

Fase atual da pandemia permite um Carnaval diferente dos anos anteriores, destaca especialista

Medidas de segurança contra covid-19, como isolamento social e o uso de máscaras, foram flexibilizadas, mas o risco de contaminação segue existindo e alguns cuidados são indicados

16/02/2023 - 13h22min

Atualizada em: 16/02/2023 - 13h36min


GZH
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Depois de dois anos com a folia em pausa, a população volta a fazer planos para curtir o Carnaval. Em um cenário diferente das últimas festas, medidas de segurança contra covid-19, como o isolamento social e o uso de máscaras, não são mais obrigatórias. Ainda assim, o risco de contaminação segue existindo. Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, o médico, doutor em genética e especialista em genética molecular, Salmo Raskin, falou a respeito de preocupações comuns envolvendo a covid-19 no Carnaval.

Antonio Valiente / Agencia RBS
Com a flexibilização das medidas, o uso de máscaras fica a critério dos foliões

Em 2022, nesta mesma época do ano, o Brasil passava pelo avanço da variante Ômicron. Com o aumento no número de casos, muitas cidades cancelaram ou adiaram os festejos de Carnaval. Em 2021, o cenário era ainda mais crítico. As vacinas recém tinham começado a ser aplicadas, o número de casos era crescente e o Rio Grande do Sul estava com medidas que proibiam festas e aglomerações em vigor.

— Sem dúvida, é um estágio muito diferente do que vimos há um ou dois anos. Aquele momento já passou, hoje o número de óbitos é muito menor, inclusive o número de casos graves que precisam ficar internados na UTI também é muito menor. A gente conversa com os colegas médicos e eles citam um ou outro caso que está na UTI, quando, naquela época, todos lembram, não haviam vagas na UTI para pessoas — lembrou Raskin.

O médico pontuou, porém, que apesar do Brasil estar vivendo uma fase menos perigosa, a pandemia ainda não acabou, uma vez que o vírus ainda está em circulação mundial. Para Raskin, a covid-19 deverá fazer parte da vida das pessoas por bastante tempo, como já é o caso de outras doenças infecciosas. E é por isso que, segundo o especialista, é importante repensar alguns hábitos adquiridos na pandemia, como o uso de máscaras, por exemplo.

— Se você está na rua, celebrando o Carnaval, a necessidade de máscara é muito menor. O ambiente é aberto e ventilado, o vírus não consegue se disseminar tanto. Agora, se você está em um salão de festas entupido de gente, o correto obviamente seria usar máscara. Se tiver muita gente, é quase certo que alguém ali estará infectado e a chance de passar para outras pessoas é enorme dentro de um ambiente fechado — aconselhou. 

Raskin defendeu que na proporção que as medidas de segurança vão sendo flexibilizadas pelo governo, é necessário que a população tenha mais responsabilidade individual. Ele sugeriu que, caso alguém se sinta inseguro de ficar sem máscara em determinado ambiente, coloque a proteção. E, depois, se ir para um ambiente aberto ou passar a se sentir seguro, guarde o acessório no bolso.

— Temos que encontrar um meio termo, que não seja nem aquela situação terrível, em que não dava para tirar a máscara em lugar nenhum, nem uma situação em que não seja liberada completamente a necessidade, porque daí estaremos nos desprotegendo.

Apesar dos cenários serem diferentes, Raskin afirmou que ainda há risco de contaminação, de casos graves, internações e até óbitos por covid-19. O vírus pode continuar sofrendo mutações e novas variantes podem surgir. Mas, para quem está com o esquema vacinal em dia, o risco é cada vez mais baixo.

Confira a entrevista completa para saber mais sobre os cuidados com a covid-19 durante o Carnaval, vacinação e perspectivas a respeito do futuro da doença:



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