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Concurso de texto e desenho em escolas de Canoas busca apoio para premiar talentos locais

Iniciativa do coletivo Bocejo da Lua precisa de doações para comprar medalhas, troféus e livros; dinheiro também ajudará a pagar custos de visitas às escolas

23/03/2023 - 11h25min


Jonathan Heckler / Agencia RBS
Integrantes do coletivo e convidados conversam com a gurizada para incentivar a participação

Em Canoas, um concurso literário e de ilustração está convidando alunos de escolas públicas, privadas, comunitárias e técnicas da cidade a enviarem suas produções. Podem participar estudantes do segundo ano ao nono. Nesta edição, o coletivo Bocejo da Lua, grupo que realiza a iniciativa, está em busca de R$ 5 mil até o final do concurso, em junho. 

O dinheiro será destinado à compra de medalhas, troféus e livros e servirá de ajuda de custo a participantes do coletivo e convidados que fizerem visitas às escolas para falar sobre o projeto.

Como pontua o coordenador do coletivo, Henrique Martins de Freitas, 58 anos, escritor e professor de Língua Portuguesa, contribuições são aceitas por meio de patrocínios de empresas ou profissionais e de doações do público em geral. 

Incentivo

O concurso foi criado em 2003, quando Henrique era presidente da Associação Canoense de Escritores e teve a ideia junto a um amigo e artista. A edição atual é a 15ª.

— O principal objetivo do concurso, na real, é isso: motivar o aluno para o hábito da leitura e para a produção textual, que ele leia e produza — destaca o coordenador do coletivo.

Junto a isso, vêm também a divulgação da produção dos estudantes, a conversa sobre literatura, a oportunidade de os alunos terem contato com escritores e artistas e a difusão da arte canoense dentro das escolas, elenca.

Premiação

Ao longo dos anos, quem passa pela organização do concurso tem lançado mão de patrocínios, editais de cultura e até usado dinheiro do próprio bolso para bancá-lo.

Na competição, a ideia é premiar os cinco primeiros colocados de cada modalidade em cada grupo (são quatro grupos, conforme as idades): alunos do segundo e terceiro anos (ilustração), quarto e quinto anos (ilustração), sexto e sétimo anos (em ilustração, conto e poesia) e oitavo e nono anos (em ilustração, conto e poesia).

Além de troféu ou medalha, quem ganha também leva um livro de presente.

Como funciona

Jonathan Heckler / Agencia RBS
Concurso foi criado em 2003, quando o escritor e professor Henrique Martins de Freitas teve a ideia junto a um amigo

Os alunos têm até junho para enviar seus trabalhos. O coletivo divulga o concurso por meio da Secretaria de Educação de Canoas, da Coordenadoria Regional de Educação e diretamente nas escolas. O lançamento ocorreu no dia 3 de março, na escola General Osório, no bairro Rio Branco.

— Tem uma diferença marcante de estar presente fisicamente lá (nas escolas), e não só mandar regulamento, porque os alunos gostam de receber visita de um escritor, de um cara da música, de uma contadora de histórias, que vai lá para falar sobre o concurso, apresentar o regulamento, tirar dúvidas. Eles se sentem mais motivados a participar — esclarece Henrique. 

Depois de recebidos, os projetos serão avaliados por professores, escritores e ilustradores. Segundo Henrique, em 2022, foram 397 trabalhos inscritos, vindos de 14 escolas.

Os traços e coloridos

Inicialmente com foco na literatura, a parte da ilustração entrou por volta da quinta edição. Ao ir às escolas, Henrique percebia que o pedido por desenhos no concurso era comum entre os alunos. Junto a colegas, veio a ideia de inserir uma categoria própria.

Uma das avaliadoras do último concurso foi a estudante Carolina da Rosa Minozzo, 18 anos, que está no ramo das ilustrações "desde que se conhece por gente", como conta. 

— Quando eu estudava (em escola), meus professores me encorajavam muito a desenhar, a me expressar através da arte, só que não havia esse tipo de concurso, de projeto que eu pudesse me identificar e falar "bah, quero fazer parte disso, de algo que me reconheça como artista" — lembra.

Na hora de avaliar, a criatividade e a originalidade são ressaltados por ela.

Saiba mais
/// Criado em 2020, o coletivo Bocejo da Lua surgiu da necessidade de fazer renda por meio da participação em feiras de artesanato (com venda de livros, camisetas e canecas) para o Guajuviras Centro de Artes, associação voltada à literatura no bairro Guajuviras, em Canoas. E também veio da vontade de Henrique e colegas de se manterem atuantes. Hoje, o coletivo tem seis pessoas diretamente envolvidas.
/// Para ajudar, contribua via Pix com a chave 51985525450, por depósito bancário (Banco Banrisul, agência 0871, conta 39.212161.0-2) ou entre em contato pelo número acima, com Henrique.

Produção: Isadora Garcia



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