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Dois municípios do Vale do Sinos planejam implementar sistema de reconhecimento facial nas escolas

Em Estância Velha, programa já está na fase de testes; em Campo Bom, licitação deve ser lançada em até dois meses

17/04/2023 - 10h19min

Atualizada em: 17/04/2023 - 10h19min


Laura Becker
Laura Becker
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Prefeitura de Estância Velha / Divulgação
Câmeras de monitoramento já são utilizadas pela prefeitura de Estância Velha

Duas cidades localizadas no Vale do Sinos devem implementar sistemas de reconhecimento facial nas escolas municipais. Em Estância Velha, a prefeitura já adquiriu as câmeras e o software que realiza a operação. Já em Campo Bom, a prefeitura planeja fazer a instalação do programa em todos os prédios públicos e prevê lançar o edital de compra do sistema em até 60 dias.

Conforme a prefeitura de Estância Velha, as 26 escolas da rede municipal já contam com câmeras de monitoramento que podem operar de forma integrada com o programa de reconhecimento facial. Até o momento, o sistema está em fase de testes em quatro instituições de ensino.

Conforme o prefeito Diego Francisco, a ideia é fazer um rodízio das escolas, para que todas contem com o programa em algum momento.

— Desde o que aconteceu no município de Saudades, em Santa Catarina, nos mobilizamos para adquirir esse sistema. Inicialmente, temos o software para operar em quatro escolas por vez. Mas, dependendo, poderemos ampliar esse número — ressaltou.

O reconhecimento facial ocorre por meio do software, que analisa os rostos das pessoas que entram nas escolas. Para isso, é feito um cadastro de todos os funcionários, professores, pais ou responsáveis pelos alunos.

Se alguma pessoa não cadastrada ingressar na escola, o sistema deve emitir um alerta para a base de monitoramento da Guarda Municipal. A prefeitura ressalta que o software não está ligado a rede dos órgãos policiais do Estado.

As escolas da rede municipal de Estância Velha já contam com botão de pânico, que quando acionado, emite um aviso sonoro e luminoso, alertando a central de monitoramento da prefeitura. A partir daí, o agente da guarda municipal consegue visualizar em tempo real as imagens do colégio.

Ao mesmo tempo, com o aviso, a prefeitura espera que os professores, alunos e servidores consigam adotar medidas preventivas como, por exemplo, buscar um local seguro em casos de ameaça. Ainda segundo o executivo, o investimento inicial é de R$ 300 mil para ambos os dispositivos.

Projeto sendo construído

Já em Campo Bom, ainda está sendo definido como irá funcionar o programa de reconhecimento facial. De acordo com o prefeito Luciano Orsi, a ideia é instalar um sistema interligado com as redes de segurança, que funcionaria não só nas escolas, mas em todos os prédios e áreas públicas do município.

— Vamos buscar convênios com os órgãos de segurança, para que possamos ampliar a fiscalização sem agredir as leis de proteção de dados. No entanto, entendemos que estamos em um momento que temos que privilegiar o cidadão de bem. Acredito que seja um ponto positivo para a cidade poder ampliar a segurança — afirmou.

A prefeitura prevê abrir uma licitação para compra dos equipamentos e do software em até dois meses. Já a implementação deve ocorrer entre o final de 2023 e o primeiro semestre de 2024, segundo a administração municipal. O projeto pretende adquirir mais de 400 câmeras que operem com o sistema de reconhecimento facial.


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