Notícias



Prejuízo na sala de aula 

Cerca de 30 alunos de escola estadual de Porto Alegre estão há quase um mês sem aulas por falta de professor

Docente do 5º ano foi transferida para outra instituição no final de abril e, desde então, não houve substituição

25/05/2023 - 10h18min

Atualizada em: 25/05/2023 - 10h18min


Guilherme Milman
Enviar E-mail
Lauro Alves / Agencia RBS
Escola Engenheiro Ildo Meneghetti, no bairro Restinga, atende quase 2 mil alunos dos ensinos Fundamental, Médio e Técnico

Cerca de 30 alunos do Ensino Fundamental estão há quase um mês sem ir às aulas por falta de professor. O caso ocorre na Escola Estadual Engenheiro Ildo Meneghetti, no bairro Restinga, zona sul de Porto Alegre, que atende quase 2 mil alunos dos ensinos Fundamental, Médio e Técnico.

No final de abril, a professora que lecionava em uma das turmas do 5º ano foi transferida para uma escola com Atendimento Educacional Especializado (AEE), destinada a alunos com deficiência. Segundo a direção da escola, a educadora havia sido inicialmente designada pelo Estado a ocupar essa função, mas acabou sendo chamada para dar aulas na instituição da Restinga.

Desde a saída da professora, os estudantes são orientados a ficar em casa, enquanto um novo docente não ocupa a vaga. A filha de 10 anos do motorista por aplicativo Genésio de Souza é uma das crianças impactada pela demora na substituição. Ele diz ainda não ter recebido retorno de quando as aulas serão retomadas.

— Eu pergunto toda semana na escola quando é que vai ter o professor e não tem previsão. Enquanto isso, a guria tá em casa e não recebe nem material para fazer. É um mês de conteúdo perdido — reclama.

A diretora da escola, Carla Santos, afirma que recebe a orientação de, enquanto não houver a contratação de um substituto, buscar servidores dentro da instituição. No entanto, não há professores disponíveis no momento. Carla garante, no entanto, que serão estudadas alternativas para que o conteúdo seja compensado.

—  Não existe a possibilidade dos alunos ficarem sem conteúdo, não seria ético da nossa parte. Mas, por já não estarmos mais no modelo adotado na pandemia, não estamos mais entregando conteúdos para serem feitos de casa. A solução é organizar as chamadas aulas compensatórias, e isso está sendo feito —  explica a diretora. Segundo ela, ao menos outras seis turmas da instituição registram o mesmo problema da falta de docentes. Todas elas são de estudantes de Ensino Técnico.

Estado promete novo professor em 15 dias

Em nota, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informa que o professor escolhido para regularizar a turma da escola Engenheiro Ildo Meneghetti já atende uma instituição nas proximidades e terá uma carga horária maior para atender aos estudantes desta turma. A previsão, no entanto, é de que ele esteja na sala de aula em até 15 dias.

A pasta detalhou, ainda, que as demandas para preenchimento de vagas nas escolas são atendidas de três diferentes maneiras: novas contratações emergenciais, convocação de professores efetivos ou ampliação de carga horária dos docentes contratados. A forma como a substituição será feita varia conforme a disponibilidade de docentes próximos da região, do componente curricular e da necessidade do número de horas na carga horária.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias