Notícias



Educação pública

Com problemas desde 2018, escola estadual de Gravataí terá reforma entregue em julho

Em obras desde o início de 2022, instituição terá nova cobertura, substituição da rede elétrica, pintura e instalação de extintores de incêndio. Investimento é de R$ 861 mil 

26/05/2023 - 16h18min


Alberi Neto
Alberi Neto
Enviar E-mail
Gustavo Mansur / Secom
Trabalhos seguem e previsão é concluir obra dentro de dois meses

Um drama acompanhado pelo Diário Gaúcho desde 2018 parece estar próximo do fim. Trata-se da reforma da Escola Estadual de Ensino Médio Tuiuti, em Gravataí. A instituição com mais 80 anos sofre com a interdição de pavilhões e redução de turmas há mais de quatro anos. Agora, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) promete para julho a entrega da reforma completa dos prédios e ampliação no número de turmas atendidas. 

Em fevereiro deste ano, o DG mostrou que os trabalhos estavam paralisados em razão de pedidos de aditivos contratuais por parte da empresa responsável pela obra. Segundo a Seduc, as reformas foram reiniciadas em 12 de maio. 

Leia mais
Escola de Gravataí segue com número reduzido de alunos por atraso em obras
Com salas interditadas desde 2018, escola estadual inicia reforma
Escola de Gravataí com 12 salas interditadas deve ter 400 alunos a menos neste ano

Atualmente, aproximadamente 65% do projeto já concluído. O investimento é de R$ 860,9 mil, segundo a pasta estadual. "Entre as melhorias estão a reforma na cobertura, a substituição da rede elétrica, a pintura em três dos quatro prédios de salas de aula e a instalação de extintores de incêndio em toda a escola", diz nota da Seduc.

O prédio administrativo da escola ainda receberá pintura nova e cobertura reformada. A quadra poliesportiva terá a rede elétrica revisada e passará a contar com um sistema de proteção contra descargas atmosféricas, incluindo para-raios e aterramento. A cobertura também será reformada e a estrutura metálica, pintada. Além disso, o piso e o alambrado de uma das quadras descobertas serão recuperados. 

A reforma teve início em janeiro de 2022 e seguiu até 1º de setembro daquele ano, quando foi paralisada para elaboração do aditivo de contrato. Segundo a Seduc, como se trata de uma obra emergencial, o prazo de execução inicial era de 180 dias, e depois foi ampliado para 270 dias. "Assim, faltam menos de 60 dias para a prorrogação terminar", explica a pasta, em nota.

Pais esperam por mais vagas 

Com a interdição dos prédios, o números de alunos da escola foi reduzindo, o que gerou incômodo para pais e responsáveis na região. Segundo a Seduc, atualmente, a escola tem aproximadamente 800 alunos. Com a reforma, o número de vagas poderá ser ampliado. Este ano, já foi aberta uma nova turma de séries iniciais e o mesmo deve ocorrer no Ensino Médio, que tem o maior público na instituição.

A escola oferece turmas desde o Ensino Fundamental até o curso técnico em Logística no pós Ensino Médio, em três turnos de funcionamento. Ela ocupa um terreno de 1,5 hectare e possui quatro prédios de salas de aula e um administrativo, além de refeitório, salão de festas, uma quadra coberta e duas descobertas. 

Histórico de pedido por obras

O drama da Tuiuti começou no final de 2018, como recorda a diretora Geovana Rosa Affeldt, no comando da instituição desde 2015. O forro de uma sala de aula desabou e causou a interdição da sala. Logo, o prédio todo foi condenado.  

— Eu pedi uma reforma em 2016, em razão dos frequentes problemas elétricos. No final de 2018, teve essa questão do forro. Por sorte, deixamos de usar a sala um dia antes de o forro cair, pois ele já estava apresentando problemas. Graças a Deus nenhum aluno ficou ferido — contou a diretora.

Logo depois da interdição do primeiro prédio, engenheiros do Estado vistoriaram a escola e determinaram que as aulas poderiam continuar somente se o forro fosse retirado de todos os espaços. Feito isso, o problema passou a ser suportar o calor intenso nos locais, além da falta de isolamento acústico. Nos dias de chuva, o excesso de goteiras gerou situações como estudantes tendo de abrir guarda-chuvas dentro das salas de aula.

A situação seguiu até 2019, quando pais ocuparam o local em razão da falta de obras no prédio interditado. Como resposta, o governo interditou todos os quatro locais com salas de aula em novembro. Com isso, o final daquele ano letivo teve aulas ministradas em locais como refeitório e a sala dos professores. Até os salões de um CTG e de uma igreja próxima foram cedidos para que as crianças pudessem estudar.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias