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Levantamento de GZH

No dia seguinte à alta do ICMS, pesquisa em 20 postos de Porto Alegre encontra litro da gasolina entre R$ 4,77 e R$ 5,69

Na manhã desta quinta-feira, reportagem observou que 13 dos estabelecimentos visitados ainda não haviam repassado ao preço na bomba a alta da tributação

02/06/2023 - 09h59min

Atualizada em: 02/06/2023 - 10h02min


Roger Silva
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Leandro Rodrigues
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Lauro Alves / Agencia RBS

No dia em que entrou em vigor e nova alíquota do ICMS sobre a gasolina, GZH visitou 20 postos de combustíveis, na manhã desta quinta-feira (1º), em Porto Alegre, e observou que 13 estabelecimentos ainda não tinham repassado ao preço na bomba a alta da tributação. A mudança elevará em R$ 0,29 o tributo recolhido por litro no Rio Grande do Sul.

Entre os locais onde a reportagem esteve, o menor valor para o litro da gasolina comum nas primeiras horas após o reajuste era R$ 4,77 — no posto que fica dentro de um hipermercado na esquina da Avenida Bento Gonçalves com a Rua Albion, na Zona Leste, e ainda não havia repassado o reajuste para a bomba, ou seja, o valor era o mesmo praticado no dia anterior. 

O mais caro, R$ 5,69, era vendido na Avenida Teresópolis, na Zona Sul, onde, na quarta-feira  (31), o preço era R$ 4,99. O aumento, nesse caso, foi de 14% — ou R$ 0,70, mais do que o dobro dos R$ 0,29 do novo índice do ICMS.

A diferença entre o preço por litro mais caro e o mais barato encontrada na manhã desta quinta-feira é de R$ 0,92, ou seja, 19,2%. Esse percentual dobrou em relação à quarta-feira, quando a variação entre o litro mais caro e o maus barato era de 9,26%.

Frentistas e gerentes afirmam que a manutenção do valor ao consumidor nas primeiras horas de vigência da nova tributação ocorreu porque ainda havia estoque nos postos. A expectativa era de que, no decorrer da tarde, as reservas já fossem renovadas, com o combustível mais caro, e a diferença começasse a ser repassada ao cliente.

As primeiras horas do dia foram de poucas filas, mesmo em locais que mantiveram o preço da quarta-feira. O gerente de um posto na Avenida Bento Gonçalves, que preferiu não se identificar, aponta para um fator que ele considera crucial neste momento de reajuste de preços: a diferença de negociação entre postos com bandeira — e um único fornecedor fixo — e os locais sem bandeira, que podem pesquisar o melhor valor entre diferentes distribuidoras. 

Na Zona Norte, um posto na Avenida Farrapos na esquina com a Avenida Cairú teve fila de carros. Cobrando R$ 4,89 pelo litro da gasolina comum, mesmo preço da véspera, ainda sem a alteração do ICMS, os frentistas recebiam motoristas de aplicativos e outros interessados em completar o taque antes do reajuste na bomba. O gerente não quis comentar, mas a reportagem apurou que um caminhão com combustível comprado nesta quinta, já com o preço mais alto, estava a caminho para repor o estoque da mais barata, que se encaminhava para o fim.

— Eu rodo cerca de 300 quilômetros por dia, em média. Já vou nos postos que conheço e aproveito os descontos que dão pagando por aplicativo — diz Everton Moura, 36 anos, motorista de aplicativo desde 2015, enquanto o frentista completa o tanque do Citröen C3.

Mais cauteloso, Vinicius Motta, 34, prefere abastecer quantidades menores por conta do fluxo de caixa no aplicativo. Ele comprou R$ 100 em gasolina comum, mas não aproveitou o desconto dado pelo aplicativo da bandeira do posto.

— Se enchesse o tanque, daria mais do que R$ 150, ainda tá caro. E a tendência é só aumentar — comenta, sem sair do volante do Fiesta em que levava ma passageira da Restinga enquanto procurava pelo posto com preço mais em conta. — Não encontrei nada abaixo de R$ 5 na Zona Sul — atesta.

Diferença entre preço médio por região

Na pesquisa feita nesta manhã, chamou atenção a diferença entre o preço médio da gasolina em cada região da cidade.

A Zona Leste registrou a menor média de preço entre cinco postos visitados: R$ 4,96. Na Zona Sul, considerando o mesmo número de estabelecimentos, estava a média mais cara: R$ 5,32. A diferença entre os valore smédios das duas regiões é R$ 0,36, ou 7,2%. 

Pesquisa de GZH entre quarta (31) e quinta-feira (1º)

Zona Leste

Preço médio na manhã de 1º/6: R$ 5,03

  • Avenida Bento Gonçalves, 1.960: de R$ 4,75 para R$ 4,96 (+ R$ 0,21)
  • Avenida Bento Gonçalves, 4.937: de R$ 5,19 para R$ 5,49 (+ R$ 0,30)
  • Rua Albion, 111: R$ 4,77 (sem reajuste)
  • Estrada João de Oliveira Remião, 4.000: R$ 4,96 (sem reajuste)
  • Estrada João de Oliveira Remião, 5.839: R$ 4,96 (sem reajuste)

Zona norte 

Preço médio na manhã de 1º/6: R$ 4,96

  • Rua Professor Cristiano Fischer, 1.337: manteve R$ 4,97 (sem reajuste)
  • Avenida Carlos Gomes, 11: manteve R$ 4,99 (sem reajuste)
  • Avenida Assis Brasil, 1.745: manteve R$ 4,99 (sem reajuste)
  • Avenida Farrapos, 3.180: manteve R$ 4,89 (sem reajuste)

Região Central 

Preço médio na manhã de 1º/6: R$ 5,09

  • Rua Barbedo, 504: R$ 5,09 (sem reajuste)
  • Avenida Ipiranga, 999: R$ 4,99 (sem reajuste)
  • Avenida João Pessoa, 2434: R$ 5,19 (sem reajuste)
  • Avenida Voluntários da Pátria, 2407: R$ 4,99 (sem reajuste)
  • Rua Santana, 608: de R$ 4,86 para R$ 5,19 (+R$ 0,33) 

Zona Sul 

Preço médio na manhã de 1º/6: R$ 5,32

  • Avenida Teresópolis, 2.963: de R$ 4,99 para R$ 5,69 (+ R$ 0,70)
  • Avenida Nonoai, 821: de R$ 4,86 para R$ 5,56 (+ R$ 0,70)
  • Avenida Cavalhada, 3.696: de R$ 4,96 para R$ 5,39 (+ R$ 0,43)
  • Avenida Eduardo Prado, 1.550: de R$ 4,86 para R$ 4,99 (+R$ 0,13)
  • Avenida Vicente Monteggia, 131: R$ 4,99 (sem reajuste)

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