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Falta de água afeta rotina de idoso em Sapucaia do Sul 

Devido ao problema, há cerca de dois meses o corretor de seguros aposentado Cloir Antônio de Oliveira, 67 anos, precisa adaptar o banho e a preparação das refeições 

25/10/2023 - 13h20min


diario gaucho
Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Morador acumula baldes que servem como um reservatório quando falta água na residência

Há cerca de dois meses, moradores do bairro Santa Catarina, em Sapucaia do Sul, precisam lidar com a falta de água frequente nas residências. Tarefas básicas como tomar banho, lavar louça e cozinhar precisam ser feitas no improviso. O corretor de seguros aposentado Cloir Antônio de Oliveira, 67 anos, relata que o problema começou em agosto. 

Mas foi em setembro – período que resume como “o pior mês” – que a falta de água se intensificou. Isso porque a frequência passou a ser de até três vezes por semana, e a vizinhança chegava a ficar mais de 24 horas sem abastecimento. 

– Como não tenho caixa-d’água, sempre me prejudico mais quando falta. Alguns vizinhos, às vezes, nem sentem que estão sem água, mas quem não tem (caixa-d’água) percebe quando falta – conta. 

Uma alternativa encontrada pelo aposentado foi encher alguns baldes assim que ocorre o retorno da água. Eles servem como um reservatório para usar na cozinha e no banheiro. No entanto, devido aos longos períodos sem água, nem sempre são suficientes. 

Improvisos 

No dia a dia, afazeres comuns se tornam um desafio. O banho é um deles. O morador relata que, há algumas semanas, precisou se deslocar até um município próximo apenas para isso. Ele foi para Canoas, onde tem uma residência vazia, em processo de locação. Foi lá que conseguiu se banhar. 

Outro problema é que Cloir vive em uma casa de dois andares, e o banheiro está localizado no andar de cima. Acredita que, por isso, a água costuma demorar mais para chegar até o chuveiro. 

–A água vem fraca, leva cerca de duas horas para voltar totalmente. Isso deve ser por conta da pressão, que não é forte o suficiente. Tenho que ligar o chuveiro e esperar bastante tempo para poder tomar banho – explica. 

Estar sem água em casa também afeta o bolso. O aposentado comenta que opta por comer fora durante esses dias, uma alternativa encontrada para evitar acúmulo de louças e, também, porque a água armazenada nos baldes nem sempre é suficiente para preparar as refeições. 

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Solicitações 

Cansado de conviver com esse problema, Cloir contatou a Corsan, solicitando que a empresa enviasse uma equipe ao local. Foram três ligações ao longo dos dois meses, além de contatos pelo site. No entanto, conta que não recebeu respostas satisfatórias: 

– Liguei para lá logo que começou a faltar. Uma vez até negaram que estivesse tendo a falta de água, sendo que eu estava o dia todo sem. O morador revela que, ainda em setembro, foi prometido o envio de servidores da Corsan ao local para identificar o que poderia estar causando o problema. No entanto, diz que a visita nunca foi feita. 

–É difícil viver assim, toda semana tem falta de água. Nunca sabemos quando teremos ou não – desabafa. 

Obra foi a causa do desabastecimento 

Em nota, a Corsan explicou que a falta de água se deu por conta de uma obra que aconteceu na região. Conforme a concessionária, trata-se de uma manutenção da rede de água que busca prevenir futuros desabastecimentos no município. A previsão é de que neste mês o serviço seja normalizado.

Produção: Nikelly de Souza



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