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Risco de tempestade adia retorno de moradores das ilhas abrigados em ginásio municipal de Porto Alegre

Uma nova avaliação das residências atingidas pela cheia do Rio Jacuí deve ocorrer na quinta-feira

04/10/2023 - 09h45min


Jônatha Bittencourt
Jônatha Bittencourt
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Jônatha Bittencourt / Agencia RBS
De acordo com a Fundação de Assistência Social e Cidadania, 175 pessoas permanecem em abrigos públicos devido às inundações.

Cerca de 20 famílias permanecem abrigadas no ginásio do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), no bairro Santana, devido às inundações registradas nas ilhas de Porto Alegre. A expectativa é de que parte delas pudesse retornar para suas casas nesta terça-feira (3), mas os alertas meteorológicos, que indicam o risco de novas tempestades, acabaram adiando os planos.

Enquanto uma parte do bairro Arquipélago permanece debaixo d'água, outra já se encontra, novamente, em condições de ser habitada. O declínio do Rio Jacuí, nos últimos dias, fez com que o afluente voltasse a se aproximar do nível normal. Ao todo, 175 pessoas estão desabrigadas na Capital.

— A gente segue aqui com 20 famílias, 69 pessoas. Lá na paróquia da Ilha da Pintada são 32 famílias, 106 pessoas. Se não fosse a previsão de chuva bem significativa esta noite, hoje a gente já estaria iniciando a avaliação de retorno de algumas dessas famílias — comenta o presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), Cristiano Roratto.

A nova previsão é de que esse trabalho seja realizado na quinta-feira (5), se o tempo voltar a ficar firme. Durante a avaliação, servidores da Defesa Civil municipal e da Fasc, acompanhados de um representante da família desabrigada, visitam a moradia atingida pela enchente, verificam se há condições dela ser habitada novamente e definem quais providências precisam ser tomadas num primeiro momento para que o retorno aconteça com segurança.

Enquanto isso não ocorre, os desabrigados são assistidos durante o dia inteiro no ginásio municipal do Demhab. Servidores do município realizam plantões diários de até 12 horas. A rotina começa bem cedo: as famílias são acordadas por volta de 7h30min/8h da manhã; por volta do meio-dia, o almoço preparado chega em marmitas montadas, prontas para consumo; mais tarde, tem lanche, jantar e ceia pouco antes de dormir.

— Por volta das 23h, nós diminuímos a intensidade da luz no ginásio para que as pessoas possam descansar — explica o presidente da Fasc.

De acordo com a instituição, tudo já está pronto para a "volta pra casa": os atingidos receberão kits de retorno, com itens de higiene e limpeza, cestas básicas, roupas e colchões.


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