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Desassoreamento

FOTOS: máquinas voltam a retirar lodo escuro do fundo da foz do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre 

Trabalho precisou ser paralisado em razão das recentes cheias que atingiram a Capital

13/12/2023 - 22h09min

Atualizada em: 13/12/2023 - 22h10min


André Malinoski
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Duas escavadeiras e uma draga podem ser vistas em ação na foz do Arroio Dilúvio, junto ao Guaíba, no início da Avenida Ipiranga, em Porto Alegre. As máquinas cavam e retiram lodo de cor escura do fundo da água, formando montes de material orgânico de até 6m de altura. Trata-se da retomada da dragagem do Dilúvio, que começou em 31 de março deste ano e precisou ser interrompida em setembro, em função das cheias do lago.

— Agora o Guaíba retornou ao seu leito normal. Estamos com uma cota de 1m10cm, mais ou menos. Queremos solucionar este problema até março — afirma o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Maurício Loss. 

A chuva recente cobriu o caminho de terra feito para as máquinas realizarem o trabalho na foz, que não passava por dragagem havia 11 anos. Porém, as águas baixaram e os funcionários do consórcio SulDrag — responsável pela execução do serviço — perceberam que os acessos permaneceram intactos no local. Dessa maneira, não foi preciso refazê-los para o reinício do trabalho. 

— Em 2022, conseguimos dragar pouco mais de 70% de toda a extensão do Arroio Dilúvio. Agora estamos concentrados apenas ali (na foz), onde já chegamos a ter cinco dragas trabalhando — menciona o diretor-geral do Dmae.

Nesta quarta-feira (13), a reportagem de GZH esteve no acesso, onde constatou o trabalho sendo executado. No encontro das águas do Arroio Dilúvio com o Guaíba, o fluxo diminui, o que acarreta em acúmulo de material orgânico no fundo. Em razão disso, as operações de dragagem demoram mais para serem efetivadas neste ponto.

Os montes de lodo retirados do Guaíba precisam secar por cerca de 15 dias antes de serem transportados em caçambas de caminhões para aterro sanitário localizado no bairro Lami, na zona sul da Capital. 

Saiba mais

Foram retirados de todo o Dilúvio em torno de 145 mil metros cúbicos (de terra, lodo e lixo da água) desde março, além de 1.180 pneus. O Dmae estima que o número final deverá ficar em torno de 300 mil metros cúbicos.

Outros pontos da cidade passaram por dragagens semelhantes, como os arroios Moinho e Cascata. A prefeitura de Porto Alegre investiu mais de R$ 30 milhões nesses trabalhos pela cidade.



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