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Capão da Canoa

Crianças em tratamento contra o câncer tomam banho de mar e conhecem D'Alessandro  

Ação do Instituto do Câncer Infantil levou os pequenos para curtir um dia de praia no litoral gaúcho

18/02/2024 - 21h36min


Felipe Backes
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Sorrisos de orelha a orelha e muita animação. Assim foi o passeio de 14 crianças assistidas pelo Instituto do Câncer Infantil (ICI) na praia de Capão da Canoa, no Litoral Norte, neste sábado (17). A criançada foi recebida na praia por Andrés D’Alessandro, ex-jogador do Inter e embaixador do ICI. A emoção tomou conta dos pais, dos colaboradores da instituição e, principalmente, das crianças. Muitas delas viram o mar pela primeira vez. 

Foi o caso do Conrado, de cinco anos. Ele trata um neuroblastoma e esteve na praia apenas uma vez, quando tinha um ano, e não lembrava da experiência. Neste sábado, ele entrou na água junto com D’Alessandro e o Leão da Coragem – mascote do ICI - e não quis sair mais. 

— Está divertido, estou gostando demais — disse em meio às ondas. 

Para a mãe, Andressa Souza da Silva, de 29 anos, o momento foi de felicidade: 

— É uma emoção sem fim. Só de ver ele feliz, a gente fica muito feliz. 

A presença de D’Alessandro surpreendeu a criançada. Veranistas que estavam por ali também aproveitaram para tirar fotos e conversar com o ídolo.  

— É um privilégio poder participar dessas ações importantes, que fazem a diferença na nossa vida e fazem muita diferença na vida das crianças. Hoje a gente recebe crianças que ainda não conhecem a praia, em tratamento, então para nós é importantíssimo poder passar um momento legal com elas – conta o ex-jogador, embaixador do ICI na América Latina.

Conhecer o mar

O tempo contribuiu para o passeio, com céu parcialmente nublado. A bandeira amarela tremulava sobre as guaritas, e o banho foi acompanhado por guarda-vidas. A temperatura da água, um pouco fria, não foi problema para a criançada. 

Davi Lucas, de dois anos, também conheceu o mar neste sábado. Ele tem diagnóstico de retinoblastoma e autismo. A doença está estagnada e ele deixou a quimioterapia há um ano. 

— Ele não entende muito bem ainda, pelo fato da idade e do diagnóstico de autismo. Mas ele estava bem feliz, viu a água e ficou bem animado — conta a mãe, Cláudia Amaral, de 38 anos. 

Além do banho de mar, a criançada participou de atividades recreativas ao longo do dia.  

—Vir ao litoral, que para nós é comum, parece muito distante para eles. Ficam afastados por muito tempo de algumas atividades devido ao tratamento. Para as famílias, eu penso que esse momento é maravilhoso, é um momento de se desestressar. O tratamento é longo, elas ficam muito voltadas a isso, muito tempo de internação. Então, esse é o momento de descontrair, de brincar, de felicidade – avalia Márcia Liberato, assistente social do ICI. 



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