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Bairro Rubem Berta

Perícia aponta que vazamento de gás em fogão causou explosão em condomínio

Segundo laudo do IGP, boca do eletrodoméstico estava aberta; acidente aconteceu no dia 4 de janeiro e causou uma morte

02/02/2024 - 21h52min


Humberto Trezzi
Humberto Trezzi
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Jônatha Bittencourt / Agência RBS
Explosão aconteceu em apartamento da torre 10 do conjunto habitacional.

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) concluiu que o vazamento de gás em um fogão do tipo cooktop provocou a explosão em um condomínio na zona norte de Porto Alegre no dia 4 de janeiro. O acidente, no bairro Rubem Berta, aconteceu quando um interruptor de luz foi ligado por um dos moradores, causando o incêndio.

A explosão aconteceu num conjunto residencial com 440 apartamentos na Rua Inocêncio de Oliveira Alves, próximo à esquina com a Rua João Fázio Amato, e deixou um morador morto e oito pessoas feridas, incluindo bombeiros que haviam sido chamados por causa do cheiro de gás.

A reportagem teve acesso ao laudo do IGP. Ele aponta que um botão do cooktop estava em posição aberta, deixando escapar gás. Fotos anexadas ao levantamento mostram que o dispositivo ficou em funcionamento, com a boca aberta.

A explosão aconteceu no apartamento 303 da torre 10. Ali residia Tiago Lemos, de 38 anos, que morreu quatro dias depois, com queimaduras em 90% do corpo e falência múltipla de órgãos. Não foram encontrados vazamentos no kit de instalação do gás, que é central e abrange todos os apartamentos da torre. A falha, conforme o IGP, foi deixar aberta uma boca do fogão.

A Polícia Civil não quis comentar o laudo, nem adianta quando será concluído o inquérito que investiga o acidente.

O Corpo de Bombeiros abriu uma investigação interna para verificar se houve falha no atendimento da ocorrência. Moradores criticam o fato de os militares não terem desligado a eletricidade, ao perceberem o vazamento de gás.

Três torres do condomínio seguem interditadas, além da torre 10, onde a explosão aconteceu, que será demolida. Nesta semana, alguns dos moradores que estavam desalojados há quase um mês decidiram voltar aos apartamentos na torre 12, mesmo contra a vontade das autoridades, que afirmam haver riscos.


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