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Protesto 

Motoristas de aplicativo se reúnem com deputados estaduais após paralisação em Porto Alegre  

Cerca de 500 veículos participaram de carreata durante a manhã na Capital 

26/03/2024 - 22h29min


Rochane Carvalho
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Leandro Rodrigues / Agencia RBS
Carros de motoristas por aplicativo estacionaram em frente ao Palácio Piratini.

Depois de uma manhã de mobilização em Porto Alegre, motoristas de aplicativo se reuniram com deputados estaduais do Rio Grande do Sul no início da tarde desta terça-feira (26). Entre os pedidos estava uma audiência pública com o governador do Estado, Eduardo Leite, nos próximos dias. O protesto era contra o Projeto de Lei Complementar 12/24, que tem como objetivo regulamentar o trabalho por aplicativos de transporte de pessoas.

A reunião entre representantes dos motoristas por aplicativo e deputados estaduais, na Assembleia Legislativa, terminou com esperança para os profissionais.

— Nos foi prometido uma audiência pública com o governador nos próximos dias, aguardaremos a data. A Câmara dos Deputados também vai debater o texto através do deputado professor Cláudio Branchieri. A união gaúcha dos motoristas de aplicativo considera isso um grande avanço nas negociações — explica o líder da União Gaúcha dos Motoristas por Aplicativo, Juliano Brum.

De acordo com a organização da mobilização, cerca de 500 veículos participaram da carreata. Na Capital, havia pontos de concentração definidos na Zona Norte, na Zona Sul e também em Cachoeirinha, Viamão e Gravataí. Entre as reivindicações estão o recebimento de pagamento por quilômetro rodado mais o tempo gasto, ao invés de pagamento por hora como propõe o projeto de lei.

Além disso, os motoristas são contrários ao pagamento de alíquota de 7,5% ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para empregados e de 20% para empregadores. Conforme Brum, essa porcentagem de contribuição é inviável de acordo com a remuneração prevista no projeto de lei. Também querem ser enquadrados como Microempreendedor Individual (MEI), do contrário solicitam a inclusão de um benefício de isenção do Imposto de Renda de até R$ 60 mil.

—  Nosso objetivo é garantir a dignidade da categoria. O projeto hoje nos coloca em uma situação de quase falência da categoria pois a remuneração por hora não é compatível com o modelo de atuação — explica.

Não há previsão de novas mobilizações nos próximos dias. A categoria aguarda a resposta do governo federal sobre as emendas propostas, para só então organizar uma nova mobilização nacional.


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