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Mulher presa por forjar o próprio sequestro em Gravataí e amiga que auxiliou na armação passam por audiência de custódia 

As duas confessaram e afirmaram que pretendiam receber R$ 10 mil do marido da suposta vítima pelo resgate

08/03/2024 - 11h11min


Tiago Bitencourt
Tiago Bitencourt
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Polícia Civil / Divulgação
Mulheres foram presas na quarta-feira, quando polícia descobriu armação.

As duas mulheres que teriam arquitetado um falso sequestro em Gravataí passam por audiência de custódia no Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp) na manhã desta quinta-feira (7). Elas foram presas na quarta-feira (6) após a polícia descobrir o falso cativeiro no bairro Morada do Vale I. 

Conforme a ocorrência, por voltas 15h, o marido recebeu uma mensagem do telefone da esposa, de 25 anos, dizendo que ela havia sido sequestrada por agiotas que cobravam uma dívida. Foram enviadas diversas ameaças e uma foto da suposta vítima com as mãos amarradas. 

A mensagem dizia que um resgate, de R$ 10 mil, deveria ser pago até o final do dia ou ela seria morta. O homem, então, procurou a polícia, que começou a investigar o caso. A Brigada Militar e a Polícia Civil, com o  Departamento Estadual de Investigações Criminais e agentes da 2ª Delegacia de Gravataí, rastrearam o telefone da mulher, que estaria em uma casa no bairro Morada do Vale I. 

Por volta das 18h, a polícia entrou no local e encontrou apenas uma mulher, de 35 anos. Ela disse ser amiga da suposta vítima e confessou a armação. A esposa foi presa em uma rua próxima da residência. Ela também admitiu que se tratava de um falso sequestro e disse que usaria o dinheiro para pagar dívidas com agiotas. A polícia investiga se esses débitos realmente existe.

Polícia Civil / Divulgação
Foto que foi enviada para o marido da suposta vítima.

A delegada Jeiselaure Rocha de Souza pediu a prisão preventiva das duas mulheres. Elas foram encaminhadas ao Nugesp, em Porto Alegre. A audiência de custódia vai determinar se seguirão presas ou responderão em liberdade.

— Tratamos desde o início como um sequestro real. A ocorrência deixou toda uma família apavorada e mobilizou uma grande contingente das forças de segurança — diz a delegada.

O casal tem uma filha. O marido relatou que desde janeiro já havia feito vários Pix para diferentes contas, sob alegação de que a esposa estava devendo e sendo ameaçada. Ele disse que o total chegou a quase R$ 7mil.


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