Notícias



Influenza

Primeiro dia de vacinação contra a gripe tem alta procura de idosos em postos de Porto Alegre

Ação se iniciou nesta segunda-feira (25) e vai até o dia 31 de maio; na Capital, grupo prioritário deve buscar pelo imunizante na unidade de referência da região onde reside 

25/03/2024 - 11h26min


Guilherme Milman
Enviar E-mail

A campanha contra a gripe começou nesta segunda-feira (25) no Rio Grande do Sul. Desde às 8h, todas as 134 Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Porto Alegre estão oferecendo doses para o primeiro grupo prioritário, formado por idosos (pessoas a partir de 60 anos), crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas com até 45 dias após o parto, quilombolas e indígenas.

Na Capital, foram os idosos que marcaram presença nas primeiras horas de campanha. Na Unidade de Saúde Modelo, no bairro Santana, o público desta faixa etária ocupava praticamente todas as cadeiras para serem chamados. Das 8h às 9h30min, mais de 270 imunizantes foram aplicados, um número considerado alto por funcionários do posto.

As vizinhas Eleni Cavalheiro e Eloísa de Oliveira, ambas de 76 anos, vão todos os anos se proteger contra a gripe. Já é um programa habitual as duas irem juntas ao posto sempre que a campanha começa.

— É só ler no jornal (que iniciou a campanha) e já venho — diz Eloísa.

Sua amiga, Eleni, diz preferir se imunizar o quanto antes para garantir a proteção e evitar deixar tudo para a última hora. O tempo de espera para ser chamado na UBS não passava de dez minutos.

— Não tem muita fila, a maioria deixa pra depois, eu venho e já fico imunizada. Eu não pego gripe faz anos.

Benta Conceição, 64 anos, foi à unidade por um outro motivo, mas aproveitou a oportunidade assim que ficou sabendo da campanha.

— Eu vim confirmar um encaminhamento que peguei aqui do posto e acabei descobrindo no guichê que tinha vacinação e já aproveitei — afirma.

Vacina em todas unidades

Conforme Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, todas as unidades de saúde do município participarão da campanha nacional contra a influenza. A população deve buscar pelo imunizante na unidade de referência da região onde reside ou nas unidades de turno estendido, entre as 18h e 22h, onde qualquer cidadão da Capital pode ser atendido, independente da sua unidade de referência.

Na próxima semana, a campanha deve ser ampliada para um segundo grupo, composto por: trabalhadores da saúde de todos os níveis, públicos e privados, trabalhadores da educação, do ensino básico ao superior, pessoas com comorbidades e condições clínicas especiais de todas as idades a partir dos seis meses, pessoas com deficiência, adolescentes e jovens (12 a 21 anos) cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade. A campanha vai até 31 de maio.

Em busca dos 90%

Todos os anos, a prefeitura busca atingir a meta de imunizar ao menos 90% do público alvo, mas não tem conseguido atingir o objetivo. Em 2023, apenas um pouco mais da metade, cerca de 52%, foi vacinada.

O secretário de saúde Fernando Ritter acredita que neste ano será possível ter um resultado mais positivo.

— Nos últimos anos, se confundiu muito com a questão da covid. As pessoas focaram na covid. Teve muitas fake news. No Brasil inteiro houve uma redução do interesse pela procura da vacina. Neste ano nós começamos diferente, estamos trabalhando fortemente com as unidades de saúde para fazer busca ativa. Nós também antecipamos o nosso Rolê da Vacina, ou seja, desde os primeiros dias de março estamos dentro das escolas fazendo vacina — declara.

No próximo dia 13 de abril está marcado um dia D, com a abertura de todos os postos para reforçar a imunização. A partir de maio está previsto reforço de horário no funcionamento dos postos. Os detalhes ainda não foram divulgados. Caso for registrado nas próximas semanas um aumento nos casos de doenças respiratórias, como gripe e covid-19, a operação poderá ser antecipada.

Confira os grupos prioritários:

  • Crianças (a partir dos seis meses a menores de seis anos de idade; e indígenas e com comorbidades - dos seis meses aos nove anos de idade)
  • Trabalhadores de saúde (em atividades na assistência, vigilância, apoio, cuidadores, doulas/parteiras e estudantes prestando atendimento em serviços de saúde)
  • Gestantes
  • Puérperas
  • Professores de todos os níveis
  • Povos indígenas
  • Populações Quilombolas
  • Idosos com 60 anos ou mais de idade
  • Pessoas em situação de rua
  • Profissionais das forças de segurança e salvamento
  • Profissionais das forças armadas
  • Pessoas com doenças crônicas e não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, independentemente da idade
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores do transporte coletivo rodoviário
  • Trabalhadores portuários
  • População privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.

MAIS SOBRE

Últimas Notícias