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ESPORTE INCLUSIVO

Jovens de áreas carentes participam da Copa Futuro Suave RS de Jiu-Jitsu

Evento ocorre em Porto Alegre ao longo do sábado e cada atleta receberá medalha

13/04/2024 - 15h26min

Atualizada em: 13/04/2024 - 15h26min


Humberto Trezzi
Humberto Trezzi
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O sábado (13) é de artes marciais para jovens de regiões carentes de Porto Alegre. Desde as 9 horas acontece no bairro Menino Deus a I Copa Futuro Suave RS de Jiu-Jitsu, organizada pelo Pró-Esporte RS, programa do governo do Estado, a partir de proposta do Clube Amigos do RS (Cars). A atração é aberta ao público, sem cobrança de ingressos. 

Ao todo, 140 competidores, dos quatro aos 15 anos de idade, estão tendo a oportunidade de vivenciar pela primeira vez uma competição. O evento acontece no Centro Estadual de Treinamento Esportivo do Rio Grande do Sul (CETE-RS, rua Gonçalves Dias, 700, Porto Alegre) e se destina a jovens matriculados em projetos sociais. 

É condição, para participar, que o lutador esteja estudando na rede pública de educação básica. São treinados apenas estudantes, pois o primeiro objetivo do Futuro Suave é contribuir para a formação de bons cidadãos. E aí entram os ensinamentos que o esporte e as artes marciais proporcionam, como disciplina, responsabilidade, educação e lealdade.

Como diz o idealizador do torneio, Nato Werlang, faixa preta e campeão mundial de jiu-jitsu, a ideia é propiciar geração de oportunidades esportivas para crianças e jovens em vulnerabilidade social. Iniciado em 2022 com atividades no contraturno escolar, o Futuro Suave se propõe a fazer do esporte um princípio de vida e ajudar a evitar a evasão escolar. 

Um dos que participa do certame é Diogo Samuel Hilário Rosa, 14 anos e estudante da 9ª série. Morador do bairro São José, uma área carente na Zona Leste da Capital, ele acredita que o jiu-jitsu mudou sua vida.

— Comecei a treinar em 2022, participei de competições no ano passado e até tirei segundo lugar. É a melhor coisa que me aconteceu como estudante — enfatiza.

As lutas são divididas em categorias separadas por idade, gênero, peso e faixas. Todos os participantes ganham kimono, camiseta, certificado e medalha. E a proposta é que sejam disputas inclusivas. Tanto que o primeiro embate foi entre dois atletas com síndrome de Down.

O projeto Futuro Suave já beneficiou mais de 1,1 mil crianças e jovens de todo o Estado, tendo Grêmio e Inter entre seus parceiros.


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