Notícias



Consumo

Puxada pela batata, cesta básica de Porto Alegre fica mais barata em março

Item teve queda de 22,69% na variação mensal, apesar da alta acumulada em 12 meses. No conjunto, cesta recuou 2,43%

04/04/2024 - 15h45min


Alberi Neto
Alberi Neto
Enviar E-mail
Mateus Bruxel / Agência RBS
Batata foi o alimento que mais baixou de preço na cesta básica de Porto Alegre em março.

A cesta básica de Porto Alegre ficou R$ 19,38 mais barata em março, quando comparada com fevereiro. O recuo representa uma deflação de 2,43%. Os dados constam no levantamento mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta quinta-feira (4). 

Entre os 13 alimentos pesquisados pelo departamento em Porto Alegre, quem mais reduziu de preço foi a batata. O tubérculo ficou 22,69% mais barato na comparação entre fevereiro e março. Apesar da queda, a batata ainda tem uma alta acumulada de 72,71% nos últimos 12 meses — a maior elevação do conjunto neste comparativo.

Além da batata, outros oito itens ficaram mais baratos, com destaques para o arroz (-7,20%) e o tomate (-6,78%). No lado das altas, os quatro itens que subiram de preço tiveram leves alterações, com exceção da banana, que ficou 6,29% mais cara. Com isso, a cesta básica de Porto Alegre fechou março ao valor de R$ 777,43

Motivos para as variações de preço

Segundo o relatório do Dieese, a queda do preço da batata pode ser explicada "pelo aumento da oferta, causado pelo atraso no plantio, devido ao excesso de chuvas". Depois, com a diminuição das chuvas, "houve melhora na produtividade", cita o documento. A redução de preço não foi exclusiva da Capital, em todas as capitais da região Centro-Sul onde o tubérculo é pesquisado houve queda.

No lado do arroz, um dos itens mais consumidos pelos brasileiros, o preço menor é explicado pelo "avanço da colheita e à importação do grão, que superou as exportações". O tomate, apesar de reduzir em Porto Alegre seu preço, teve alta em várias outras capitais. O cenário no Rio Grande foi atípico, já que a "instabilidade climática, devido ao excesso de calor e às chuvas intensas" vem impactando na oferta do tomate e no seu preço no varejo, aponta o Dieese.

Outra boa notícia veio da carne bovina. Apesar da baixa singela em março, de 0,78%, o alimento já soma uma redução 4,79% nos últimos 12 meses. O relatório do departamento indica que "o menor volume exportado e a maior oferta de carne explicam a queda no varejo".

A quarta mais cara do país

De acordo com o levantamento, o valor da cesta básica de Porto Alegre de março representa 59,52% do salário mínimo atual, de R$ 1.412. A Capital ficou em quarto lugar entre as 17 pesquisadas pelo Dieese. São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis lideram. Já a cesta mais barata é a de Aracaju, capital do Sergipe, com o custo de R$ 555,22.

A pesquisa ainda busca mostrar qual seria o salário mínimo necessário para o sustento de uma família brasileira. Em março, o valor ficou em R$ 6.832,20, ou 4,84 vezes o mínimo.



MAIS SOBRE

Últimas Notícias