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Estrelas da Periferia

Em Alvorada, mistura é com a Marca Diabo. E vale tudo: rock, blues, country...

Grupo aposta na mescla e no bom rock para alcançar o sucesso.

05/05/2015 - 06h04min

Atualizada em: 05/05/2015 - 06h04min


José Augusto Barros
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Fernando Gomes / Agencia RBS

No Jardim Algarve, em Alvorada, uma grande mistura de gostos, que envolve vários estilos, gêneros e épocas deu origem ao grupo Marca Diabo. Formada em 2011, a banda, uma mistura "caótica", como os próprios músicos definem, de rock, Jovem Guarda, country, psicodelia e punk rock, deu vazão ao sonho dos parceiros.

- Cada um coloca um pouco de sua influência e dá certo. Mas nosso rock não é daqueles pesados, que não se entende nada que o cara canta. 90% de nossas canções são em português, com influências que vão desde Mettalica até Roberto Carlos, passando por Creedence - explica Secão, baixista e backing vocal da banda.

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Outra marca curiosa da banda é o fato de ter uma mulher como baterista. Camila, que também trabalha como técnica de edificações, chegou a tocar baixo, mas, quando aprendeu a tocar bateria, não parou mais. E estrou na música justamente na banda.

- Tive umas aulas, mas me virei sozinha depois - comenta a morena.

Baqueta de ouro

A paixão pelas baquetas acabou rendendo um belo presente para a baterista. Na quinta-feira da semana passada, ela foi ao Monsters Tour, no Estádio do Zequinha, em Porto Alegre. Após o show, que reuniu Ozzy Osbourne, Judas Priest e Motorhead, ela ganhou de um tio, que trabalhou nos bastidores do evento, as baquetas de Scott Travis, baterista do Judas.

- É uma relíquia - comemora ela.

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Como em todo grupo que os integrantes têm outra profissão, além da música, os ensaios poderiam ser uma das preocupações da Marca Diabo. Mas isso não é problema para quem tem um vocalista e relações públicas como Crocodilo. Dono de um mercado no Algarve, o cara é uma figura popular no bairro, que acaba divulgando a banda e evitando qualquer tipo de problema quanto a barulho nos ensaios.

- Não tem ruim. Se o som estiver algo demais, se algum vizinho pedir, a gente sempre conversa. Mas nunca tivemos problema, temos uma boa política de vizinhança. Inclusive, muitos vêm aqui assistir aos ensaios - afirma Crocodilo.

Com um repertório que privilegia músicas próprias nos shows, a Marca Diabo investe suas fichas na divulgação do vídeo de Vida de Louco, lançado em abril. Atualmente, o grupo tem mostrado seu som em casas do gênero em Porto Alegre, mas ainda enfrenta dificuldades em Alvorada.

- Aqui, o pessoal ainda prefere o esquema voz e violão, barzinho, com releituras no repertório. Mas seguimos na batalha - afirma Secão, que trabalha como engenheiro da prefeitura de Alvorada.

Ainda integram a Marca Diabo Sávio (teclado e guitarra, que trabalha como mecânico industrial) e Henrique Braga (guitarrista, que atua como vendedor).

Pitaco de quem entende

Juliano K-lcinha, diretor artístico da Hits Música, fala sobre a Marca Diabo:
- Achei legal o instrumental da música. Só acho que a voz poderia ter ficado mais nítida. O solo tem um timbre legal. Acho que a mistura que a banda se propõe é muito legal, mas não podemos esquecer de imprimir a qualidade na hora da gravação.

Faça como a Marca Diabo, participe da seção!

- Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas em MP3 e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.
- Para falar com a Marca Diabo, ligue para 8128-6926.
- Abaixo, assista ao clipe de Vida de Louco:




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