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Cris Pereira: "Humor não tem que ter limite, mas não quero ser apelativo nem ofensivo"

Nova temporada do seu espetáculo no Teatro da Amrigs tem início nesta sexta-feira, 6, e vai até o dia 29 novembro

06/11/2015 - 18h18min

Atualizada em: 06/11/2015 - 18h18min


Divulgação / Divulgação

Cris Pereira dá a largada na sua nova temporada de espetáculos - a terceira no Teatro da Amrigs - nesta sexta-feira, 6, e fica em cartaz até o dia 29 (confira mais em ocrispereira.com). O "ator que faz comédia", como ele se define, completa 20 anos de carreira em 2016, conquista cada vez mais público como o sentimental Jorge da Borracharia, o conselheiro amoroso que vem cativando crianças e vovós no Bafão Farroupilha (680 AM e 92.1 FM) e, volta e meia, é chamado para fazer testes na TV Globo. Alguma dúvida de que, aos 38 anos, sua estrela está brilhando?

Aqui Entre Nós - O que o público pode esperar de diferente do Cris Pereira Ponto Show?
Cris Pereira -
Eu me considero muito inquieto, estou sempre buscando novidades, modificando figurino, alguma coisa. Desta vez, o espetáculo tem a participação do Circo de Bolso, formado pelos palhaços Faria e Cordial, interpretados por Tomé Rodrigues e Paulo Sturmer. As pessoas nunca vão assistir à mesma coisa, tem gente que já foi me ver seis vezes. Mas sabe aquela música do CD que a gente quer sempre escutar de novo? Então, não posso dar algo muito diferente. Ao mesmo tempo, o personagem (são cinco no show) é como um filho, tem que ser sempre educado.

Aqui - O Jorge da Borracharia é assim, cresceu?
Cris -
Ele cresce a cada dia. No Drops do Amor, dentro do Bafão Farroupilha, ele tem uma responsabilidade muito grande. Ao vivo, a gente nunca sabe o que vai acontecer, e as pessoas querem que ele mande recado pros seus amores e que ajude a resolver seus conflitos, que não são só de casal, são entre pai pra filho, de neta pra avó. O Jorge fala que as pessoas têm que largar um pouco o Facebook e verem que a melhor curtida é a debaixo do edredom. E faz os ouvintes chorarem, se emocionarem. Isso mostra a carência que as pessoas têm hoje em dia, porque estão mais focadas em curtir e registrar do que em viver o momento.

Aqui - O público te dá muito retorno?
Cris -
Sim e o mais incrível: não tem crítica, é só coisa positiva. São mais de 340 mil curtidas no Facebook e mais de 60 mil seguidores no Instagram. Eu tenho um respeito muito grande por cada um que senta na poltrona do teatro. Muitas vezes, reserva quatro horas para me ver, porque chega uma hora antes do espetáculo, que dura uma hora e quarenta minutos, mas fica uma hora depois para tirar fotos comigo. E hoje o tempo é um dos bens mais preciosos. Quando eu vejo do palco as pessoas se identificando, se cutucando, rindo, se acotovelando, esse é o meu gol.

Aqui - Foste elogiado no filme O Tempo e o Vento (2013) e quase emplacaste uma novela da Globo. Como está isso?
Cris -
Eles (a emissora) estão sempre me chamando para atualizar o meu cadastro lá, mas o meu foco é o que me dá resultado e não quero contar com o que não está certo.

Aqui - Nas redes sociais, volta e meia, bombam polêmicas com humoristas como Rafinha Bastos e Danilo Gentili, porque as pessoas acham que as piadas passam do ponto. Tem que ter limite no humor?
Cris -
Não! O limite está na escolha do tipo de humor que tu vais fazer. Tem público pra tudo. Pra mim, o melhor é quando tu consegues rir de ti mesmo, das situações do dia a dia. É óbvio que as plateias acabam se ofendendo, mas, se colocar regras, não há diferenciação.

 

Aqui - Tu tens essa preocupação?
Cris -
Tenho. Não quero ser apelativo nem ofensivo. Mas, ao mesmo tempo, não barro. Há uma certa ousadia, como eu fiz com o Gaudêncio.

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