Entretenimento



Estrelas da Periferia

Conheça os rappers do grupo Revolta, que atuam firme na luta contra as drogas

Canoenses não cobram cachê, participam de eventos comunitários e lutam para afastar os jovens das drogas com a ajuda da música.

14/06/2016 - 07h07min

Atualizada em: 14/06/2016 - 15h53min


Formado em 2008, no Bairro Guajuviras, em Canoas, o Revolta nasceu com um propósito pra lá de salutar: tentar vencer a batalha contra as drogas, afastando, principalmente, os jovens desse mundo nebuloso por meio da música.

– Com bases próprias, letras originais com conteúdo e uma equipe forte, o grupo busca a mudança de vida dos jovens, pois nós somos exemplos da mudança. No começo, quando entrei na banda, apenas dançava. Com o tempo, fui praticando, fazendo rimas todos os dias e hoje componho direto – conta Osvaldo, um dos rappers.

Em 2015, com outros grupos do gênero do Rio Grande do Sul, o Revolta formou o projeto FJU Hiphop Sul, que tem o objetivo de levar música para comunidades carentes e conscientiza os jovens da importância da cultura. Uma das diferenças do Revolta, segundo Osvaldo, é o fato de o grupo não cobrar cachê nas apresentações que faz - cada integrante vive somente de seu emprego.

– Como a gente transformou nossa vida pelo rap, queremos levar isso para outras pessoas. Quem ajuda de verdade não cobra nada. Pela música, e pelo grupo, larguei a bebida – revela Osvaldo.

Conheça outras histórias de Estrelas da Periferia

Inspirados em grandes nomes do rap, os músicos espalham sua mensagem em eventos de comunidades e em escolas. Em 2015, na Usina do Gasômetro, participaram de um evento contra as drogas que reuniu outros nomes do rap local, por exemplo.

Leia mais sobre famosos e entretenimento

Outro diferencial do grupo, aponta Osvaldo, é que o Revolta traz a realidade em suas letras.

– A gente só escreve o que a gente vive, não vivemos falsa ilusão de ostentação sendo que não temos grana, como a gente anda vendo por aí – critica Osvaldo.

Em 2016, o grupo lançará seu primeiro CD, com 23 músicas, como Não Desista de Sua Vida.

Ainda integram o Revolta Fabrício e Rafael.

Pitaco de quem entende

Rafa, do grupo Rafuagi, fala sobre o som do Revolta:

– Me orgulha muito ver que o grupo traz nas letras mensagens que pensam no bem maior da comunidade, como a não violência nas escolas. Os jovens deste grupo foram meus alunos na Casa da Juventude, em Canoas, há três anos. E essas canções são sinais de que a semente que plantamos diariamente está dando frutos. Parabéns, Revolta, música bem-produzida, letra boa e ótimo instrumental.

Mostre seu trabalho aqui

Para falar com o grupo, ligue para 8598-8838.

Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas em MP3 ou clipe e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias