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Estrelas da Periferia

Conheça Julio Luz, cantor que tocou com Bedeu e migrou para a música gospel

Porto-alegrense integrou grupos como Pau-Brasil, com Bedeu, referência no samba e suingue, mas a música gospel acabou aparecendo com toda a força em sua vida. 

02/08/2016 - 07h08min

Atualizada em: 02/08/2016 - 07h08min


José Augusto Barros
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Aos 15 anos, Julio Luz, amante do samba e do pagode, resolveu se aventurar no mundo da música. Ao longo da adolescência e, depois, já na fase adulta, participou de grupos conhecidos do gênero, como o Pau-Brasil, que teve como integrante Bedeu (1946-1999) um dos ícones do samba rock no Rio Grande do Sul, conhecido nacionalmente pela composição de canções como Carolina.

– Chegamos a ganhar um festival da extinta rádio Metrô, com a música Vagal. Sempre gostei de samba e pagode, tocava percussão geral e cavaco. Achei que seguiria nesse caminho por muito tempo – relembra Julio, 40 anos, morador do Bairro Medianeira, na Capital.

Mudança radical

Até que, em 2010, Julio conheceu sua esposa, Vanessa. Ali, seu destino musical começava a mudar completamente.

– Como ela é evangélica, comecei a enxergar a música de outra maneira e resolvi entrar no mundo gospel. Na época, fui muito influenciado principalmente pelos cantores Thalles Roberto e Davi Sacer (dois dos nomes mais fortes da música gospel no país) e resolvi mudar. Foi uma mudança que veio do coração. Antes de ir para o gospel, toquei muito tempo na noite. Vi coisas boas e outras não tão boas – comenta o cantor.

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Hoje, ele se mostra completamente satisfeito com a mudança radical de rumos em sua trajetória artística. Julio já lançou dois CDs repletos de composições próprias, faz shows em cultos e em eventos a céu aberto, com canções como O Meu Chamado, que já tem clipe, e Não Temas, além de já ter feito abertura de shows de nomes do gênero, como o próprio Davi. Hoje, Julio diz não sentir saudades as épocas mais boemias, de samba e pagode.

– Não sinto nenhuma falta. Nos anos 80, em paralelo ao pagode, ainda curtia muito a noite, ouvia rock, estava direto na Osvaldo (Aranha, no bairro Bom Fim, um dos redutos do rock gaúcho na época). A mudança me levou a passar mensagens melhores para as pessoas, mais positividade e mais amor no coração de cada um – afirma.

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Pitaco de quem entende

O produtor Adriano Brasil fala sobre o som de Julio:

– Mesmo tendo mudado de estilo, do pagode e samba para o gospel, é interessante constatar que a batida da canção ainda lembra muito samba rock, certamente influenciado pelas experiências que o Julio teve com o mestre Bedeu. É uma boa composição, mas o que me chamou atenção, e me surpreendeu, foi essa batida pra cima, de suingue, em uma canção gospel.

Aqui, todo o espaço é seu!

– Para falar com Julio, ligue para 9250-8606

– Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas em MP3 ou clipe e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.


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