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Estrelas da Periferia

Conheça o trabalho de MC D$, que começou sua trajetória música na Renascer da Esperança

Jovem fez aulas de percussão e coral na entidade da Restinga. Ele foi um dos personagens da reportagem Filhos de Rozeli, publicada pelo Diário Gaúcho em 2014

27/06/2017 - 08h00min

Atualizada em: 27/06/2017 - 08h00min


José Augusto Barros
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Proposta do artista de 25 anos é fazer funk do bem

Aos 25 anos, Douglas Luis Abreu dos Santos, morador da Restinga, na Zona Sul da Capital, é um dos vencedores de uma imagem eternizada na capa do Diário Gaúcho em 3 de outubro de 2000: a primeira foto publicada da Renascer da Esperança, entidade assistencial do bairro que completou 20 anos em 2016 e que possui uma história intimamente ligada com a trajetória do Diário.

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Nela, 13 crianças estão abraçadas à idealizadora do projeto, Rozeli da Silva. Um deles é Douglas, hoje MC D$, que, entre os sete e os 17 anos, participava de oficinas de percussão e de coral na entidade. Muitos daquela imagem acabaram morrendo ou nem foram localizados pela reportagem. Bem diferente da história de D$ que, além da música, também trabalha em uma revenda de automóveis.

– Tudo que aprendi, musicalmente falando, foi na Renascer. Ali, me apaixonei pela música – relembra ele, que segue morando no bairro.

Tempo necessário
Empolgado, D$ acabou participando de grupos de pagode, sua paixão na época. Porém, o nascimento dos filhos fez com que se afastasse da carreira – ele é pai de Sophia, (um ano), Arthur (três), Brayann (quatro) e das gêmeas Raphaela e Manoela (seis).

– Ficou difícil conciliar a música e criar todos eles (risos). Dei um tempo – confessa.

Porém, a sua relação com Rozeli e com a Renascer fez com que a sua vida musical desse mais uma virada. Em 2016, o Diário foi verificar onde estavam alguns personagens da histórica capa. E achou Douglas. A reportagem foi publicada no dia 6 de maio.

Relembre a reportagem especial Filhos de Rozeli


– Depois que a matéria saiu, algumas pessoas vieram me procurar ao saberem que eu tinha muitas músicas compostas. Eu sempre pensei em compor e vender minhas canções para outros artistas. Mas alguns caras do meio me disseram para investir em mim, cantar – relembra.

Estimulado, resolveu entrar no mundo do funk, mas com uma proposta diferente: fazer um som do bem, que ele e seus filhos pudessem ouvir juntos. Dali, surgiram faixas como Conquista.

– Não tenho problema em colocar um pouco de ostentação nas minhas músicas, por exemplo. Mas é diferente: o objetivo é mostrar de onde vim, o que conquistei e me orgulhar disso – diz o funkeiro, que completa:

– Quando eu conseguir viver só de música, que é meu sonho, quero mostrar aos meus filhos de onde saiu o dinheiro. Quero que eles tenham orgulho de mim.

Pitaco de Quem Entende

MC Jean Paul fala sobre o som de MC D$:

– Vida de Rico é, na minha opinião, a essência do que deve ser o funk ostentação. A letra fala das conquistas materiais, mas deixa a mensagem “eu consegui, você também pode”. Pelo caminho certo. Como no caso do MC, venceu na vida através do papel e da caneta. Música boa, parabéns!

Aqui, quem manda é você:
/// Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas e vídeos e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.

/// Para falar com D$, ligue para 98457-7940.

/// Em diariogaucho.com.br/retratos da fama, confira a performance do funkeiro em vídeos.




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