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"The Voice Brasil" chega à sétima edição e passa a ser exibido às terças e quintas

Michel Teló, Ivete Sangalo, Lulu Santos e Carlinhos Brown continuam como técnicos da atração, que terá 22 episódios na nova temporada

17/07/2018 - 10h18min

Atualizada em: 17/07/2018 - 10h33min


Amanda Souza
Amanda Souza
Rio de Janeiro*
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Raquel Cunha / TV Globo/Divulgação
Os times serão comandados por Teló, Ivete, Lulu e Brown

Se o time de técnicos permanece o mesmo, com Michel Teló, Ivete Sangalo, Lulu Santos e Carlinhos Brown, o The Voice Brasil volta hoje com novidades em sua estrutura. 

A primeira é a dose dupla: o reality show passa a ser exibido duas vezes na semana, às terças e quintas, na RBS TV, após a novela Segundo Sol.

– O programa vai continuar com a mesma pegada e bastante dinâmico. Com mais tempo, vamos poder contar melhor a história das pessoas. Os técnicos vão poder cantar mais e curtir juntos. Agora, a gente vai ter tempo para se divertir – celebrou o sertanejo Michel Teló na apresentação da sétima temporada à imprensa, na semana passada, no Rio de Janeiro.

Raquel Cunha / TV Globo/Divulgação

Sob comando de Tiago Leifert e Mariana Rios, a atração, que será exibida em 22 episódios, contará com o recurso do botão de bloqueio – já utilizado na versão americana – que promete esquentar a competição. A novidade vai aparecer na primeira etapa do programa, nas audições às cegas: aquele que tiver acionado o botão de bloqueio impedirá que o talento escolha ingressar no time do técnico bloqueado, mas o bloqueado só saberá que está impedido quando virar sua cadeira. 

Raquel Cunha / TV Globo/Divulgação

Questionado sobre um possível aumento da rivalidade entre os técnicos, Carlinhos Brown foi veemente:

– Entre nós não existe essa disputa. Isso é o que menos interessa. A gente quer saber como desenvolver vozes.

Já na fase da batalha dos técnicos, a estreia é o “salvamento instantâneo”. Um dos eliminados nessa etapa vai retornar à competição por voto do público. Mas as novidades seguem, com os times sendo reforçados com mais candidatos. A partir de agora, cada equipe terá 18 participantes na primeira fase (na edição anterior, os grupos eram formados por 12 candidatos). Para os técnicos, os critérios para selecionar essas 72 vozes são subjetivos.

– Como seguir uma estratégia aqui? A pessoa está toda organizada, vêm os candidatos e desorganizam tudo. Não existe uma estratégia para emoção. Com sete edições, a classe musical está mais encorajada a se aceitar como artistas e a aceitar as humildes oportunidades até chegar a este palco para ser nacionalizado – resumiu Ivete Sangalo.

Lulu Santos arrematou:

– Música não tem lógica, tem emoção. Eles revelam sentimentos em mim que eu ainda não domino, e isto é que é a música. É no arrepio. Preciso sentir alguma coisa. Se arrepiar, é inevitável virar a cadeira.

O elenco do programa faz questão de frisar que o The Voice muda a vida das pessoas. Embora não seja uma fábrica de carreiras meteóricas e milionárias, traz visibilidade – “publicita alguém, apresenta esse talento”, como observou Carlinhos Brown – e segurança para aqueles que pretendem prosseguir na carreira.

– O sucesso de um artista é muito íntimo. Essa coisa de determiná-lo a partir de números só atrapalha. Na arte, não podemos padronizar nada – relativizou Ivete. 

Mas ninguém melhor do que Teló, o técnico tricampeão invicto do programa (venceu todas as edições desde que substituiu Daniel a partir da quarta temporada), para elencar as qualidades primordiais à próxima grande voz brasileira:

– Primeiro, tem a luz, coisa de carisma mesmo. Mas, lógico, tem que ter uma grande voz. Nas três temporadas que participei, ganhou quem realmente merecia. Era quem chegava lá e rasgava, levantava as pessoas e emocionava. A atitude da pessoa também conta muito.

"Não existe nada meteórico"

De volta da sua licença-maternidade  no lançamento do The Voice Brasil, Ivete Sangalo falou sobre sucesso no mundo da música, vida em família e a turnê dos seus 25 anos de carreira.

Raquel Cunha / TV Globo/Divulgação
Ivete: referência que inspira candidatos

Ex-participante da sexta temporada do The Voice Brasil, o gaúcho Juliano Barreto declarou que o programa não é uma fábrica de carreiras meteóricas. Qual é a relação entre talento e fama para ti?

Não existe nada meteórico. É preciso compor, maturar, estar preparado. O sucesso não pode ser pelo olhar do outro. O sucesso de um artista é muito íntimo. Essa coisa de determiná-lo a partir de números só atrapalha. Na arte, não podemos padronizar nada.

Qual é o teu conselho para uma boa administração da carreira musical?

A palavra é responsabilidade. E ela aumenta quando você está no seu melhor momento. Nunca fuja da responsabilidade do seu trabalho. Do ponto de vista emocional, por mais talento que se tenha, é preciso ter carinho com o seu público e buscar nele algo que o alimente. A troca de energia com as pessoas é muito boa. Não há nada mais gostoso para um artista do que o público cantando a sua música. Gosto muito desta coisa de olhar e de retribuir o carinho com olhar. 

Como lidas com o talento musical do seu filho, Marcelo, oito anos?

Seria muito louco da minha parte ser tendenciosa. Isto é pressão, não educação. Não me preocupo com o fato de ele gostar de tocar (bateria). Porque, no meio disso, gosta de jogar futebol, de velejar, de brincar. Não coloco pressão. Meus pais não fizeram isto comigo.

Em dezembro, vais comemorar 25 anos de carreira com a turnê Live Experience. Como será este projeto?

São 25 anos de uma carreira vitoriosa. Tenho muita sorte, pois é algo que eu gosto de fazer. Vou comemorar no Allianz Parque (Estádio do Palmeiras). A gravação será em São Paulo por ser um centro de encontro. O país inteiro poderá estar ali. A experiência será um momento em que todos poderão estar juntos. Para poder fazer isto com excelência e com amor, será preciso ter equilíbrio, pois tenho os meus filhos (três). No DVD, teremos momentos de pré e pós-gravação. Será uma coisa nova, uma delícia! Uma roupa nova, mas quem veste é a mesma pessoa. Teremos participações, mas só vou chamá-las depois que os ingressos estiverem esgotados. Os convidados vão para cantar e para dividir comigo a emoção, não para movimentar qualquer outra coisa.

Há um segredo para conciliar o casamento de 10 anos com a rotina dos três filhos?

Primeiro, é preciso ter uma comunhão dos desejos. Quando você ama alguém, começa a compartilhar sonhos e expectativas. Daí, nascem os frutos, os filhos. Honestamente, a rotina não me incomoda, sou uma mulher muito caseira. E diria que respeito é fundamental para qualquer relação. Do respeito, surge a admiração, que gera um bom convívio.


100% de aproveitamento

Quando o assunto é vitória, ninguém melhor do que o tricampeão Michel Teló para dar dicas certeiras aos candidatos à melhor voz do país. O cantor e técnico tem 100% de aproveitamento: venceu todas as edições desde que substituiu Daniel, a partir da quarta temporada.

Raquel Cunha / TV Globo/Divulgação
Esse “V” só pode ser de vitória

Imaginavas, há três anos, que seria campeão três vezes consecutivas?

Não! No ano passado, durante o programa, eu senti que a Samantha (Ayara) vinha crescendo e tinha uma estrela brilhando. Quando surgiu a oportunidade, falei: “Vou pegar”. Quando ela foi à final, eu não consegui acreditar. Acabou dando certo. Aqui, no programa, tudo é uma surpresa, pois é uma questão de emoção. 

Quais são as três características que um bom candidato precisar ter para se tornar o vencedor?

Primeiro, tem a luz, o carisma. Mas, lógico, tem que ter uma grande voz. Nas três temporadas de que participei, ganhou quem merecia. Era quem chegava lá e rasgava, levantava as pessoas, emocionava. A atitude conta muito.

Qual é a diferença entre ter talento e fazer sucesso?

Existem muitos estilos musicais, que são populares, que abrangem um grande público e aqueles que atingem outro bem  seleto. Na música, você precisa fazer o que gosta. Muitas pessoas que cantaram no programa tiveram as vidas modificadas pela visibilidade, mas não são só os números que importam. Elas têm a oportunidade de mostrar seu trabalho, o sucesso é relativo.

Sentes a cobrança para lançar outro hit teu?

Desde Ai, se Eu te Pego, lembro de estar fazendo shows na Rússia e na Croácia e de viver aquele momento. Nós sabemos o quanto é especial na música, principalmente, com uma letra em português. Fui abençoado com a alegria de poder viver isto. Decidi surfar nesta onda, vivê-la da melhor forma possível, tocar a minha carreira, lançar canções e continuar com os pés no chão, trabalhando. Também tive a alegria de criar o Bem Sertanejo (quadro), uma produção minha com o Fantástico. Aí, virei papai, a minha melhor produção.

Com a chegada dos filhos, Melinda e Teodoro, diminuíste o ritmo de trabalho?

Em 2011 e 2012, eram 240 shows por ano, pelo mundo. A garganta vivia inflamada, e eu estava sempre doente. Não tinha tempo para dormir, para comer, nada! Foi legal viver este momento de muito trabalho e fico pensando que tive a alegria de viver tudo isto antes dos filhos, pois enlouqueceria se tivesse que ficar longe deles. Quando a Thais (Fersoza, atriz e mulher do cantor) ficou grávida, decidi segurar a agenda. Quero estar presente e vê-los crescendo. É o melhor momento que uma pessoa pode viver.

Consegues estabelecer parcerias musicais com os teus pupilos do The Voice Brasil?

Vou lançar uma canção que gravei com a Samantha Ayara. É uma música linda que fala sobre pequenos gestos que transformam vidas. O nome é Mil Revelações. A gente faz de tudo para dar uma força para esta galera continuar.

* A repórter viajou a convite da Globo.


Como vai ser

Audições às Cegas
-Na primeira fase do The Voice Brasil, os candidatos são avaliados apenas pela sua voz. Se mais de um técnico virar a cadeira para o mesmo participante, quem escolhe com quem quer trabalhar é o próprio candidato. No total, serão oito audições e 72 escolhidos, 18 para cada time. A fase conta com uma novidade: o botão de bloqueio, pelo qual um técnico pode impedir outro de ser escolhido.

Batalhas
-Com as equipes formadas, os técnicos dividem seus times em duplas que se apresentam em duelos, cantando a mesma música. Ao final de cada apresentação, o mentor decide qual dos dois permanece na competição. Ainda pode ser usado o famoso “Peguei” entre os eliminados de cada programa. 

Tira-Teima
-A partir dessa fase, os shows são ao vivo e quatro integrantes de cada time se apresentam por programa. Depois das apresentações, cada técnico salva duas vozes para seguir em frente. O público começa a escolher seu candidato e também pode salvar uma voz. 

Batalha dos Técnicos
-Com shows ao vivo, a disputa deixa de ser entre candidatos do mesmo time e passa a ser entre os times adversários. Os técnicos escolhem quem de seu time irá duelar com o time adversário. Esta fase contará com o salvamento instantâneo: em votação no site do programa, o público poderá salvar um dos eliminados. 

Remix
-Os técnicos têm nova chance de equilibrar seus times. Cada um escolhe uma voz para seguir direto à próxima fase. Os demais candidatos se apresentam em números solos, e Brown, Lulu, Ivete e Teló voltam a usar o famoso botão vermelho para escolher quem segue no programa. Os participantes que tiverem mais de um botão apertado podem decidir em que time desejam ficar. Os times encerram esta fase com quatro vozes cada.

Shows ao Vivo
-Serão dois programas nessa fase. No primeiro, as quatro vozes de cada time se apresentam em shows ao vivo e apenas três seguem. No programa seguinte, eles voltam a se apresentar para definir os dois talentos de cada time que seguem para a semifinal. 

Semifinal
-Dois candidatos de cada técnico se apresentam, mas apenas um segue para a final.

Grande final
-O público decidirá quem será o campeão da sétima edição do The Voice Brasil. O vencedor ganhará um prêmio de R$ 500 mil e um contrato com a gravadora Universal Music.


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