Correção: Túlio Gadêlha apresentou uma denúncia contra o deputado federal eleito Alexandre Frota no Ministério Público Federal de Pernambuco, e não moveu uma ação. A informação incorreta permaneceu publicada entre 12h51min e 15h24min. O texto já foi corrigido.  

Deputado federal recém-eleito por Pernambuco e namorado de Fátima Bernardes, o advogado Túlio Gadêlha (PDT) apresentou uma denúncia no Ministério Público Federal daquele Estado nesta quinta-feira (27) contra o também deputado federal eleito (SP) Alexandre Frota, ex-ator e uma das vozes que se dispõe contra a esquerda no Brasil. O motivo foi um comentário do político do PSL considerado como prática de xenofobia, que é a discriminação racial baseada na procedência da pessoa. 

Na apelo judicial protocolado no Ministério Público Federal de Pernambuco, Gadêlha pede que se apure a conduta de Frota. Na terça-feira (25), o ex-ator escreveu uma mensagem no Twitter que pode ser interpretada como preconceito dirigido aos habitantes de Pernambuco, Estado do Nordeste. Ao responder um comentário de um seguidor que o criticou por ter atuado na indústria pornográfica e por não pagar pensão ao filho, Frota rebateu: "Só podia ser de Pernambuco". 

A lei 7.716/89 prevê pena de dois a cinco anos, além multa, pelo de crime de preconceito motivado pela procedência nacional. Isso se aplica às situações em que o xingamento tenha ocorrido nos meios de comunicação social ou em publicações.

"Xenofobia é crime. Agora é com a Justiça, Frota. Protocolei hoje interpelação judicial — pedido de explicações em juízo e representação contra o deputado paulista recém eleito, Alexandre Frota", escreveu Gadêlha no Instagram ao anunciar que havia entrado na Justiça. "Esse senhor não tem limites e agora irá aprender com as consequências dos seus atos", completou.

Recentemente Alexandre Frota foi condenado pela Justiça a indenizar o deputado federal Jean Wyllis (RJ-PSOL) em R$ 295 mil pelos crimes de injúria e difamação. Frota havia publicado nas redes sociais uma imagem de Wyllis sugerindo que o deputado era pedófilo. Ele também foi alvo de ação do próprio filho por não pagar pensão alimentícia.