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Bodas de prata na TV

"É uma trama descompromissada com a realidade", diz Dalton Vigh, o Renê de "Fina Estampa"

Ator está no ar em três novelas, sendo duas reprises — a novela das nove, na RBS TV, e “O Clone”, no Viva

03/06/2020 - 11h16min


Júlio Boll
Júlio Boll
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Michael Willian / Divulgação
Dalton Vigh vive Renê em "Fina Estampa"

Qualquer casal que celebra 25 anos sabe que a data precisa ser comemorada com estilo. Para Dalton Vigh, o casamento dele com a dramaturgia faz bodas de prata em 2020 com um reconhecimento. O ator está no ar em três novelas na TV, simultaneamente: nas reprises de Fina Estampa, na RBS TV, e O Clone, no canal pago Viva; e em As Aventuras de Poliana, no SBT.

Na faixa das nove, Vigh interpreta Renê, um chef de cozinha em um restaurante francês que foi dado pela mulher, Tereza Cristina (Christiane Torloni). Cansado de seu casamento, ele começou a se aproximar de Griselda (Lilia Cabral), quem sua esposa considera uma inimiga. No capítulo desta terça-feira (2), após o primeiro beijo, Renê e Griselda devem ter uma noite de amor.

Antes de começar a gravar Fina Estampa, Aguinaldo Silva disse que os dois se aproximariam graças a uma aula de etiqueta, em texto inicial. E não foi nem perto disso o que aconteceu, de fato, na trama.

— Apenas manteria o que estava descrito na sinopse (risos), que seria como em My Fair Lady, e aí começaria o envolvimento dos dois — conta Vigh, em entrevista por e-mail a GaúchaZH. — Já havia feito uma comédia com a Lília no teatro, conheço bem o seu "timing" excepcional.

Mesmo guardando com carinho a novela, o ator conta que não consegue acompanhar a reprise, por se passar no mesmo horário em que coloca os filhos gêmeos Arthur e David, de 3 anos, para dormir. 

Segundo ele, o sucesso de Fina Estampa, que tem feito uma média de 35 pontos no Ibope, deve-se ao fato de Griselda criar os filhos sozinha.

— Ela não mede esforços para garantir o sustento do lar e luta também para que eles possam se desenvolver como pessoas honestas e íntegras, assim como milhões de brasileiras que vivem a mesma situação — destaca Vigh.

Além disso, o artista acredita que o sonho de ganhar na loteria, e ascender socialmente, também mexe com o espectador: 

— É uma trama descompromissada com a realidade, e, talvez exatamente por isso, esteja funcionando bem nesse momento.

Futuro

O fenômeno de aparecer em vários folhetins ao mesmo tempo não é novidade: quando o SBT exibia Pérola Negra, em 1998, ele já estava na Globo. Agora, além da trama em exibição no horário nobre, o artista está chamando a atenção por seu trabalho em O Clone, quando foi eternizado como Said.

Por ser muito lembrado pelo papel, ele confessa que tenta rever a trama de Gloria Perez quando pode.

— Sempre vi isso como uma forma de analisar o trabalho e perceber se estou me repetindo ou não na construção e no desenvolvimento dos personagens, acho que ajuda a me policiar — acredita o ator.— E minhas redes cresceram em seguidores sim, há um público novo aí.

Na expectativa para retornar aos estúdios, Vigh se prepara para uma continuação de Poliana e um projeto para o teatro. Com as reprises no ar, o saudosismo tem batido forte.

— Sinto saudades de muitos amigos que fiz, tanto no elenco quanto na equipe, e continuo me comunicando com eles — garante.


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