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Musa dos anos 1990, Magda Cotrofe fala sobre envelhecimento: "Não quero ser uma garota de 20 anos"

Aos 59 anos, modelo que estampou três vezes a capa da revista Playboy relembrou casos de assédio e relatou trauma com procedimentos estéticos

17/05/2022 - 10h28min

Atualizada em: 17/05/2022 - 10h28min


@magdacotrofeoficial Instagram / Reprodução
"O principal do envelhecimento é a cabeça, não é o corpo", opinou Magda Cotrofe

Em uma série especial publicada nesta semana, o portal g1 entrevista mulheres que foram intituladas como "musas" nos anos 1990. Nas conversas, elas relembram suas trajetórias e contam como estão atualmente. Na publicação desta segunda-feira (16), a entrevistada é Magda Cotrofe, uma das precursoras no uso do biquíni asa-delta e que marcou época como modelo nas décadas de 1980 e 1990. 

Hoje, aos 59 anos, é mãe da estilista Talita, de 33 anos, e do DJ e produtor musical Tiago, de 29, mora no Rio de Janeiro e não atua mais tanto como modelo, apesar de não ter abandonado totalmente a profissão:

— Falam: "ah, você é ex-modelo?". Não. A gente sempre é modelo, né? Às vezes, você não está, mas você sempre é. Então, a questão é que em momentos a gente trabalha com presença (em eventos). Enfim, essa parte de modelo continua. Trabalhando, atuando dessa mesma forma. Isso é sempre — explicou ao jornal.

Magda também foi atriz, com participações no humorístico Viva o Gordo e no filme Solidão, Uma Linda História de Amor. Ela também fez história ao sair por três anos seguidos na capa da revista Playboy. Na entrevista, falou sobre o processo de envelhecimento

— Eu não fico competindo, não quero ser uma garota de 20 anos, sabe? Eu tenho minhas ruguinhas, eu vou tentar trabalhar isso da melhor forma possível, porque eu gosto de me olhar no espelho e ver o que eu gosto. Se a fulana está preocupada se eu tenho uma ruguinha aqui, ali, o problema é da pessoa, não é problema meu. Eu estou bem — garantiu. — Procuro estar bem comigo mesma, eu acho que isso é o principal, né? O principal do envelhecimento é a cabeça, não é o corpo.

Magda também diz ser "a favor de cirurgia e procedimentos", mas "nada com exagero". 

— Acho que você tem que harmonizar, a palavra já fala, ser harmônico. Então, harmônico é algo que fica bonito, algo que fica bacana. E tem que ter esse cuidado — ressaltou. —  Tenho muito medo de fazer qualquer coisa, principalmente rosto, porque eu fiz uma vez um preenchimento e deu alergia, e fiquei com o rosto enorme, parecia um monstro. Eu chorava a noite inteira, desesperada conversando com o cirurgião. Aquilo ali me traumatizou muito, eu fiquei muito preocupada. Então, tem que ter todos os cuidados.

— Agora, tem gente mudando a identidade. Tem pessoas que eu conheci que eram de uma maneira e eu não conheço mais. A pessoa tem um rosto meio oval e, de repente, ela está com rosto quadrado, uma outra identidade. Mas enfim, faz parte — acrescentou.

Maga ainda relembrou como os casos de assédio eram mais normalizados na época.

— Era muito difícil você pensar. "Ah, vou denunciar", porque não existia. Então ou você aceitava ou você não aceitava. Deixei de ter alguns trabalhos bacanas porque existia esse tipo de assédio, existia esse tipo de "ou você aceita ou você não vai fazer nada". Então deixei de fazer — contou.

Por fim, questionada sobre quem aponta como "musas da atualidade", respondeu:

— Eu falo assim, a Magda Cotrofe de hoje seria a Juliana Paes. Só que agora ela emagreceu muito... Eu acho que a que sempre me referenciei foi ela. Estilo de corpo, curvas, eu sempre vejo a Juliana Paes mesmo como a Magda Cotrofe de hoje.


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