Com vocais e guitarra de Matheus Antonetti, 26 anos, e Éricles Rocha, 27, baixo de Miguel Valli, 26, e bateria de Dionata Mosley, 26, a Templo de Sophia vai te levar a uma viagem intrapessoal. A banda de Viamão, na Região Metropolitana, mescla vertentes do rock, mas aposta em uma pegada mais grunge e stoner rock.

– Acabamos tentando transmitir aqueles sentimentos e pensamentos intrapessoais, sabe? Falamos sobre introversão, como é difícil lidar com pessoas, problemas da vida, é um rock psicológico – diz Éricles Rocha. 

A banda é a união de quatro amigos que sempre sonharam em fazer sucesso na música. Fundada em 2019, a proposta sempre foi criar músicas autoriais. 

– Eu e os guris saímos de outros projetos porque tinha muito cover. Eu, particularmente, sou meio contra covers. Então a ideia sempre foi criar nossas próprias músicas – conta Éricles. 

E já no primeiro ensaio juntos, nasceu a primeira composição autoral do grupo. A música Flores Messalinas marcou, oficialmente, o início da Templo de Sophia: 

– Eu já tinha algumas músicas, o Matheus também, começamos a trabalhar juntos ali e surgiu. Inclusive, toda vez que o Matheus vem com alguma música ficamos apavorados, é muito bom. 

Com os pés no chão, os integrantes da banda investem, do próprio bolso, para manter vivo o sonho de viver da música. Atualmente, a banda é “autossustentável”, recebe o suficiente para pagar as sessões em estúdio e transporte para shows. 

– A principal dificuldade é financeira. Para gravar algo realmente bom, é muito caro. Então, procuramos a melhor opção possível dentre as mais baratas. Se dependesse só do dinheiro, não conseguiríamos gravar nada, conseguimos descontos com alguns amigos – conta Éricles. 

O grupo participa de diversos circuitos musicais pela Capital. Em média, os shows da banda duram entre 1h30min e 2h:

– Montamos o show para não ser mais do mesmo, sair do padrão dos circuitos. Tentamos transmitir a energia que sentimos através de movimentos, expressões. Nós explodimos no palco. Ensaio é jogo e show é guerra.

Projetos

Sem subir aos palcos desde dezembro de 2022, a Templo de Sophia revela que a pausa foi planejada e por um bom motivo. A banda está preparando dois álbuns, que devem ser lançados nos próximos meses. 

– Estávamos tocando e só tinha cinco músicas lançadas. Então, decidimos parar e focar no álbum. Começamos a gravar em novembro, eu que propus essa pausa até concluir o álbum e, na verdade, eu me arrependo, tô louco para tocar – afirma Éricles. 

Intitulado Progresso e Alegria, o primeiro álbum abre com a inédita faixa Retrocesso, Tristeza e Amargura. O projeto ainda conta com cinco músicas regravadas e outras cinco produções novas. 

– Essa primeira música é para quebrar tudo já de cara, ir na contramão do nome do álbum – revela. 

Após o lançamento do álbum, a banda deve voltar a se apresentar, com direito a novo show. A expectativa é de que a volta aos palcos aconteça a partir de junho:

– Recusamos alguns convites com muita dor no coração, queremos muito tocar. Vamos voltar com shows desse álbum, vamos tocar o máximo que der, somos fominha.  

O segundo álbum deve ficar para o fim deste ano ou início de 2024. Com Black Sabbath, Nirvana, Metallica e Pearl Jam como referências, o grupo aposta na mescla das vertentes do rock para os próximos projetos. 

– Ao mesmo tempo que temos gostos parecidos, também somos muito diferentes. E o que acaba tornando a Templo de Sophia a nossa cara não são os consensos, mas sim as referências individuais de cada um – explica Éricles.

Pitaco de Quem Entende

O produtor musical Diego Garcia comenta sobre o som da banda: 

– Rock dos bons, guitarra pesada! É bom saber que os jovens ainda gostam do bom e velho rock and roll.

AQUI, O ESPAÇO É TODO SEU!

// Para participar da seção, mande um histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas, vídeos e um telefone de contato para lucas.oliveira@diariogaucho.com.br.

/// Para falar com o grupo, ligue para (51) 98171-5067.

*Produção: Lucas de Oliveira