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Último capítulo

Fim de "Terra e Paixão": Walcyr Carrasco plantou novelão e colheu sucesso

Trama termina nesta sexta-feira com saldo positivo

19/01/2024 - 10h55min

Atualizada em: 19/01/2024 - 11h00min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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Léo Rosario / TV Globo/Divulgação
Final feliz para Aline, Caio, João e os gêmeos

Uma saga de rivalidade, vinganças, disputas territoriais e algumas polêmicas chega ao fim hoje, às 21h20min, na RBS TV. Terra e Paixão mexeu com o coração do público e elevou a audiência no horário, chegando a quebrar recordes só alcançados por Pantanal (2022). Walcyr Carrasco mostrou, mais uma vez, que sabe do que o povo gosta e entregou de tudo: barracos inesquecíveis, elenco repleto de estrelas, grandes amores e uma pitada de humor. Seriam esses os ingredientes que explicariam o sucesso da trama? Vamos relembrar o que funcionou e o que poderia ter sido melhor na história que se despede esta noite.


Muita terra, pouca paixão

Léo Rosario / TV Globo/Divulgação
Trama foi marcada por diversos embates

A protagonista Aline (Barbara Reis) só queria plantar e colher, e de certa forma, conseguiu: plantou inimizades, colheu sofrimento. Os embates com Antônio La Selva (Tony Ramos) chegaram a um ponto em que se tornaram repetitivos. O poderoso ameaçava, a mocinha retrucava, logo em seguida ela sofria algum atentado/sequestro, e assim infinitamente. A temida "barriga" – fase em que a novela parece não sair do lugar – perdurou por longos meses, reforçando a hipótese de que o número de capítulos dos folhetins não precisa ser tão grande.


Núcleo cômico

Léo Rosario / TV Globo/Divulgação
Filme de Tadeu durou longos capítulos

Quem conhece o estilo de Walcyr já sabe que ele não abre mão de um núcleo cômico, muitas vezes exagerado, com puxões de cabelo, barracos e torta na cara. O pastelão se fez presente principalmente com Anely (Tata Werneck) e Luigi (Rainer Cadete), mas também apareceu no núcleo do Naitandei. Fossem só cenas pontuais, tudo bem, o problema foi estender histórias que tinham fôlego para, no máximo, uma semana. Um bom exemplo é a gravação do filme dirigido por Tadeu (Claudio Gabriel), sequências que duravam dois blocos por capítulo e que, no fim das contas, poderiam ser menores. A obsessão de Tadeu pela "Rainha Delícia" foi outra história que exigiu paciência do telespectador.


Delírio coletivo

João Miguel Júnior / TV Globo/Divulgação
Daniel morreu em um trágico acidente

Outro dia vi que alguém postou nas redes sociais: "Daniel existiu ou foi um delírio coletivo?". O personagem de Johnny Massaro teve uma participação curta e pouco marcante, e só mesmo a morte dele fez a história andar. Do romance pouco convincente e zero química com Aline às manipulações de Irene (Gloria Pires), o rapaz acrescentou quase nada à trama. Foi só a partir do acidente que o vitimou que a novela saiu do lugar. Foi um baque descobrirmos que Irene foi a responsável pela morte do próprio filho, ao tentar matar Caio (Cauã Reymond). Os crimes que se seguiram na tentativa de ocultar a verdade também deram uma movimentada na novela.


O brilho dos veteranos

Paulo Belote / TV Globo/Divulgação
Um trio de respeito!

Terra e Paixão presenteou o público com mais uma parceria bem-sucedida entre Gloria Pires e Tony Ramos. Da comédia à vilania, quando os dois mestres da atuação se juntam, sempre temos coisa boa no ar. O que já era bom ficou ainda melhor com o retorno bombástico de Agatha (Eliane Giardini), a "falecida" esposa de Antônio. Tão cruel quanto Irene, Agatha tinha um passado de crimes e voltou disposta a destruir o ex-marido. Só não cumpriu seu intuito porque alguém a matou, provocando um mistério que permanece até o último capítulo. Ao escalar três gigantes da atuação, a novela mostrou que experiência faz toda a diferença em cena. 


O fenômeno "Kelmiro"

Manoella Mello / TV Globo/Divulgação
O pequetito e o capanga conquistaram o público

Eles chegaram de mansinho e, quando vimos, já estávamos arrebatados. Ramiro (Amaury Lorenzo) e Kelvin (Diego Martins) foram rotulados de "alívio cômico", mas eram muito mais do que isso. O capanga, que insistia em repetir que era macho, encontrou o amor nos braços de alguém que não o julgava por seus erros, pelo contrário, o ajudou a se tornar um homem melhor. O tão esperado beijo entre os dois foi comemorado pelos fãs, que já fazem campanha para que o casal ganhe um seriado próprio. Entre veteranos experientes, foram dois novatos que roubaram a cena e deram um chega pra lá no preconceito.


O amor salva

Manoella Mello / TV Globo/Divulgação
Como não amar esse casal?

Lucinda (Débora Falabella) sofreu o diabo nas mãos de Andrade (Ângelo Antônio), um homem agressivo e controlador. Após algumas surras, ela deu um basta na situação e teve o apoio da irmã, Anely. Enquanto isso, Marino (Leandro Lima) começava a perceber que estava apaixonado por Lucinda, mas, para merecer esse amor, tinha que mudar suas atitudes e parar de fechar os olhos para os crimes de Nova Primavera. Assim, o delegado se transformou e transformou a vida de uma mulher sofrida, que finalmente soube o que é ser amada e respeitada. Lucinda levou um tiro e passou meses em coma, mas despertou nos últimos capítulos para ter seu merecido final feliz.


Quem matou Agatha?

O mistério permanece até o derradeiro capítulo da trama, a ser exibido logo mais, na RBS TV. Nos bastidores, fala-se em até sete finais gravados, que só serão escolhidos na hora da novela. Por enquanto só três pessoas sabem da verdade: os autores Walcyr Carrasco e Thelma Guedes e o diretor Luiz Henrique Rios.


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