Grêmio



Paixão Tricolor

José Augusto Barros: "Para seguir com chances, é hora de deixar a paixão na arquibancada"

Avaliações passionais após vitórias empolgantes ou derrotas que machucam devem ficar na torcida.

26/07/2016 - 07h02min

Atualizada em: 26/07/2016 - 08h12min



A torcida é passional, por óbvio, como deve ser. Paga ingresso, vibra, sofre, ama o artilheiro que faz o gol decisivo, odeia o zagueiro que falha. Até aí, tudo normal, é o papel dela.

Assim como a derrota para o Sport, na rodada anterior, escancarou fragilidades que vimos durante vários jogos neste ano, a excelente vitória sobre o São Paulo, na Arena, no domingo, 24, mostrou boas virtudes do Grêmio. Transição rápida, marcação intensa, pressão na saída de bola do adversário. As duas avaliações de resultados distintos, que já ouvi de torcedores e colegas da imprensa, estão corretas. O que não é admissível acontecer é que, a cada derrota, se faça terra arrasada, achando que está tudo errado, assim como achar que estamos credenciados ao título por ter vencido o São Paulo.

Vencemos um grande do país? Vencemos. Ganhamos Gre-Nal no Beira-Rio? Ganhamos. Mas levamos três gols da Chapecoense, quatro do Sport e perdemos para o Vitória, o que é completamente inadmissível para um time que sonha com a taça.

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Vamos com calma

É claro que o meu sonho - e dos gremistas é que o Tricolor chegue na 38ª rodada como campeão, mas é preciso analisar os fatos com um pouco mais de cabeça fria, e deixar a passionalidade para o torcedor, na arquibancada. Que o time fica melhor sem Marcelo Oliveira, que marca muito mal e ataca pior ainda, é evidente. Passando em revista jogos que perdemos, muitas falhas passam pelo seu lado.

Outro jogador que tem que ser bem analisado é Negueba. Ele teve uma atuação razoável em um dia que todo o time jogou bem - e o São Paulo jogou muito mal. Continuo achando que ele não tem qualidade para substituir Giuliano, nada mais é do que um jogador médio. Se a direção e Roger não tratarem esses problemas com passionalidade, e tenho certeza que não os tratam, chegaremos com chances de disputar algum título no fim de 2016.


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