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Paciência

"50% de sua capacidade", afirma Paulo Paixão sobre o rendimento do meia Alex

Jogador busca condicionamento físico para render tudo o que a torcida e comissão técnica apostam

21/08/2013 - 07h54min

Atualizada em: 21/08/2013 - 07h54min


A demora para adquirir ritmo, de acordo com o preparador, está totalmente dentro do previsto

A tática que Paulo Paixão usa no dia a dia do Inter, o preparador físico aprendeu com o avô Otávio Pereira de Araújo.

- Ele me dizia: paciência, Paulo. Paciência... - lembra.

Os ensinamentos se aplicam para a atual fase do meia Alex. Uma das contratações da janela de transferências, o jogador, hoje, busca condicionamento físico para render tudo o que a torcida e comissão técnica apostam.

Alex não jogava desde maio

Apresentado no dia 26 de julho junto com Ignacio Scocco, o meia leva desvantagem, se comparado ao argentino, já que estava no futebol árabe e sem jogar desde maio. Nacho, porém, disputava a Libertadores pelo Newell's, parou por dez dias e já está praticamente integrado à nova rotina colorada.

Para Alex, ainda serão precisos mais três ou quatro jogos - autou em três - para que chegue em sua forma física ideal. E o departamento de preparação física tem convicção de que o recém-contratado, hoje, está rendendo metade do que irá render.

- Ele sobrevive da força explosiva. E, em doses homeopáticas, estamos devolvendo o que é característico dele: chutes a longa distância. Hoje, acredito que tenha chegado a 50% de sua capacidade - garante Paixão.

"É exatamente assim"

A demora para adquirir ritmo, de acordo com o preparador, está totalmente dentro do previsto.

- Em pré-temporada, é exatamente assim. Os jogadores demoram de seis a sete jogos para adquirirem o condicionamento ideal - comenta, para completar:

- Estamos cuidando bem da parte muscular e, junto com o professor Carravetta (Élio Carravetta, coordenador de preparação física), cuidamos para que não haja lesão.

Mas é com a fala mansa típica de quem é filho da Cidade Maravilhosa e tem a experiência de três Copas do Mundo que Paixão garante que paciência, inclusive por parte do torcedor e do clube - que estão ansiosos em ver o Alex, aquele campeão da Libertadores e do Mundial de 2006 - é a melhor solução.

Ritmo só com jogo

Com Forlán que estava a serviço da seleção uruguaia de volta, cogitou-se um ataque mais ofensivo na partida contra o Salgueiro amanhã, com o camisa 7, Damião e Scocco. Alex ficaria no banco.

Mas Dunga garante que o meia precisa de ritmo e quer um time equilibrado, sem mexer no esquema. E, para Paixão, só tem ritmo quem vai para o jogo:

- Tem que jogar. Não tem outra fórmula.

Salgueiro no coração

Amanhã, o Inter encara o pernambucano Salgueiro pela Copa do Brasil. Time que leva o mesmo nome da escola de samba do coração de Paixão. E quando o assunto é Acadêmicos do Salgueiro, o sentimento que carrega no sobrenome, divide-se.

- Essa é uma partida de futebol, e não um desfile. Se fosse, acho que ia me esconder - brinca, às gargalhadas.


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