O confronto diante do Caxias é tido como perigoso, sobretudo para os gremistas mais receosos. Uma boa vantagem construída fora de casa, a tranquilidade de decidir na Arena e a possibilidade de fazer um jogo tranquilo não existem no script do gremista. Claro que é muito bom ter o confronto encaminhado nos primeiros 90 minutos, mas é fundamental alguns cuidados para não entrar com salto alto e acabar sendo surpreendido pelo Caxias.

Para ir à final do Gauchão com confiança, o Grêmio precisa vencer e convencer. Vindo de dois bons jogos contra Brasil de Pelotas e Caxias, no primeiro duelo da semifinal, o time começa a esboçar a ideia de Renato para o elenco montado: recuperação da bola, saída rápida pelos lados do campo e o uso de um pivô de qualidade para manter a bola próxima do gol. Nas duas últimas partidas funcionou. Nesta terça-feira (26), tende a se consolidar o modelo. É a chance de Renato de carimbar mais uma característica no seu leque de maneiras do time atuar nesta recente volta ao clube.

Antes de consolidar o processo, é necessário que a mecânica esteja ajustada. Cuidado é pouco quando se fala de um time reativo como o Caxias. A defesa formada por Geromel e Kannemann ainda precisa de ajustes e, futuramente, de reforços para garantir uma solidez atrás que não se vê desde os áureos tempos da dupla que marcou época no Imortal.

Soteldo ou Gustavo Nunes?

Com o retorno de Soteldo cada vez mais próximo, um novo cuidado surge no Grêmio: relegar a principal contratação do ano ao banco ou frear a ascensão de uma promessa? Resposta difícil, que talvez só Renato a tenha - ou talvez nem ele. A realidade, porém, é que o Grêmio foi de um 2023 com poucas opções de pontas de qualidade, para um cardápio recheado em 2024. Renato precisará cuidar com carinho de suas peças, pois atualmente possui em abundância aquilo que tanto lhe faltou no ano passado.