A decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de não adiar nenhuma partida das rodadas que tenham datas conflitando com as Eliminatórias Sul-Americanas da próxima semana foi correta. Como também seria se ela adiasse todos os jogos de times que tivessem jogadores convocados. Sejam eles atletas nascidos no Brasil ou nos demais países do continente. 

O que não podia acontecer, e não vai, era adiar jogos de times que tenham brasileiros convocados e de outros não. Ora, o Brasil é hoje, disparada, a maior potência econômica do futebol da América do Sul. Jogadores dos nove países vizinhos vêm para cá em busca de uma redenção financeira, de uma nova vida dentro do futebol. 

Os técnicos das outras seleções não têm culpa da bagunça que é nosso calendário e convocam com razão jogadores que aqui se destacam. Logo, a lógica de adiamento teria de ser tanto para convocados para a Seleção Brasileira quanto para as outras. Ou não adiar nada. E assim a CBF fez. 

Grêmio perde Villasanti e Borja. O Atlético-MG, além de Guilherme Arana, fica sem Savarino, Júnior Alonso e Vargas. No São Paulo, sai Arboleda. E no Furacão, David Terans. Só para citar alguns que não têm brasileiros convocados. Inter, Flamengo e Palmeiras perdem Edenilson, Éverton Ribeiro, Gabigol e Weverton, mas também ficam sem Guerrero, Palacios, Isla, Arrascaeta, Piquerez, Gustavo Gomez, entre outros.