Polícia



Gatuno da água

Golpista adulterava contas de água em Esteio

Forjando pagamento de contas pelo internet, o malandro enganou vários clientes e deu prejuízos à Corsan

26/06/2012 - 08h18min

Atualizada em: 26/06/2012 - 08h18min


A partir de uma videolocadora no Centro de Esteio, a Corsan teve um prejuízo estimado em R$ 15 mil nos últimos meses. Isso porque Jorge Roberto Pressi, 49 anos, forjou uma central de pagamento de contas pela internet.

Os clientes supostamente lhe pagavam os valores corretos das suas contas enquanto ele falsificava o código de barras das faturas, gerando valores bem abaixo do cobrado pela companhia.

Golpista caiu em disfarce policial

O "troco" era embolsado pelo golpista. Na manhã de ontem, agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos o prenderam em flagrante por estelionato e falsidade ideológica.

Um agente se fez passar por cliente. Chegou com sua conta de água e o valor em mãos na videolocadora. O golpista fez o pagamento e imprimiu o comprovante para ele. Acabou preso.

 Era uma fraude bem primária, não houve invasão de sistemas ou algo parecido. Ele aprendeu a alterar os dígitos do código de barras e passou a aplicar o golpe - explicou o delegado Marcínio Tavares Neto.

São 300 clientes lesados

Segundo ele, a investigação prossegue para apurar se os clientes, de fato, agiram de boa-fé e foram vítimas do golpe. De acordo com a Corsan, pelo menos 300 clientes tiveram as contas pagas de forma adulterada.

Mesmo com as negativas de débitos dos clientes, o sistema de controle da Corsan passou a acusar divergências nos montantes. É que Jorge adulterava os dígitos referentes ao valor cobrado no código de barras. Uma conta de R$ 50, por exemplo, passava a valer R$ 0,30.

Sujeito usava a conta pessoal

A repetição dos dados diferentes gerou o alerta na Corsan. E não levou muito tempo para perceber que os pagamentos partiam da mesma conta, pelo internet banking (licença cedida pelo banco para receber pagamentos).

- Em todos os pagamentos ele usava a conta pessoal. Foi rastreado a partir desse dado - contou o delegado.

Os clientes supostamente não desconfiavam, uma vez que a impressora na videolocadora estava configurada para emitir autenticações nos valores corretos.


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