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De olho nos golpistas

Fiscalização redobrada contra o golpe do Tri

EPTC, ATP, Consórcio STS e 17ª Delegacia de Polícia prometem intensificar presença no Centro para identificar golpistas e origem dos cartões utilizados por eles

29/08/2012 - 07h02min

Atualizada em: 29/08/2012 - 07h02min


O flagrante do golpe aplicado com o empréstimo do cartão Tri nos terminais de ônibus do Centro da Capital, mostrado ontem pelo Diário Gaúcho, desencadeou uma ofensiva das autoridades. EPTC, Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) de Porto Alegre, Consórcio Sistema Transportador Sul (STS) e 17ª DP anunciaram que irão intensificar a presença de agentes no Centro para identificar os golpistas e descobrir de onde vem os cartões utilizados por eles.

Malandro cobra R$ 2

A reportagem mostrou um golpista abordando os usuários na fila do terminal das linhas Cohab (165), Grutinha (270) e Amapá (271), da STS. A passagem custa R$ 2,85, mas ele cobra R$ 2 pelo empréstimo do cartão.

Após passar na roleta, o passageiro devolve o cartão pela janela. Com o passe na mão, o autor do golpe oferece de novo para outro passageiro. Enquanto houver crédito, o lucro estará garantido, podendo chegar a até R$ 1 mil por mês.

STS mandou fiscal ao terminal

Assim que soube que os cartões eram utilizados nas linhas Cohab (165), Grutinha (270) e Amapá (271), o gerente executivo da STS, Antônio Augusto Lovatto, mandou um fiscal para o ponto dos terminais citados. Além de identificar o golpista, a empresa quer saber se há funcionários envolvidos no esquema.

A ATP irá averiguar as informações repassadas pela reportagem, que obteve o nome e o CPF do beneficiário do cartão usado pelo golpista na sexta-feira. Já o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, afirma que o órgão está agindo junto com a Brigada Militar e a Polícia Civil neste caso.

Ontem, o DG recebeu denúncias de leitores sobre a aplicação do golpe em outros locais, tais como os terminais do Camelódromo e os ao lado do Edifício Coliseu, no Centro.

Polícia vai investigar caso

Se o cartão for furtado ou roubado, o golpista poderá ser enquadrado por crime de receptação. A pena é de um a quatro anos de reclusão. A delegada adjunta da 17ª DP, Carmem Regio, revelou que policiais chegaram a prender um suspeito de cometer esse tipo de golpe, mas o cartão não era furtado.

- Pode ser uma negociação do próprio beneficiário do vale-transporte com o golpista. Segundo a ATP, a empresa desconta somente 6% do valor creditado ao empregado - explica a delegada.

Os agentes tentarão identificar o homem que aparece nas fotos. Os dados do cartão usado pelo golpista foram repassados para a polícia.

Perguntas

- Como o golpista consegue os cartões?

- Eles são furtados, roubados ou desviados?

- Há participação de beneficiários do passe ou de funcionários das empresas no esquema?


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