Polícia



Boletim de Ocorrência - Arquivo do Crime

Acordo garantiu a derrubada do Cadeião

03/11/2015 - 13h16min

Atualizada em: 03/11/2015 - 13h16min


Octacílio Freitas / Arquivo Pessoal
Prédio embelezava uma parte da Orla do Guaíba

Em abril de 1967, um acordo entre a prefeitura de Porto Alegre e a Secretaria de Segurança Pública pôs fim a um monumento de importante parte da história do sistema penitenciário gaúcho. O ato garantiu a derrubada do antigo prédio da Casa de Correção, o popular Cadeião da Volta do Gasômetro.

A prisão estava desativada desde 1962, quando seus últimos sentenciados foram transferidos para a Penitenciária Estadual (atual Presídio Central).

Da fortaleza, derrubada à base de dinamite e marretadas, restou apenas a memória de casos marcantes. Tudo começou em 27 de fevereiro de 1835, quando na então Província de São Pedro foi aprovada a Lei Provincial número 2, que determinava  construção da Casa de Correção. A planta havia sido desenhada por um oficial do Exército Imperial.

Celas

Porém, logo em seguida, a Revolução Farroupilha acabou adiando os planos até 1855, quando ficaram prontas 13 celas no térreo e 14 no andar superior, permitindo a transferência para lá de um primeiro grupo de presos. Eram 193 que, antes, estavam nos porões do Batalhão 13 de Infantaria.

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Nessa época, o muro só tinha 15 palmos. A murada foi concluída sete anos depois, quando a Casa de Correção recebeu, também, um imenso portão de ferro.

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Um terceiro piso foi acrescentado ao projeto, em 1913. Antes disso, em 1893, o presidente do Estado Júlio de Castilhos havia ordenado a construção de celas no subsolo, abaixo do nível do Rio Guaíba. Nelas, segundo historiadores, ficaram presos políticos.


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