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Santa Maria

PF indicia suspeito de se passar por médico para abusar de pacientes de hospital 

Servidor é suspeito de ter abusado de pelo menos seis gestantes no Hospital Universitário de Santa Maria 

19/02/2016 - 11h37min

Atualizada em: 19/02/2016 - 11h37min


Diário de Santa Maria
Diário de Santa Maria

O delegado da Polícia Federal (PF) Diogo Caneda indiciou por violação sexual mediante fraude o servidor do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) suspeito de ter abusado sexualmente de seis gestantes. Ele foi indiciado seis vezes pelo mesmo crime, que tem pena prevista de dois a seis anos de prisão.

O suspeito, que não teve o nome revelado pela PF, foi detido no dia 21 de junho de 2015 pela Brigada Militar (BM) dentro do hospital. O caso foi investigado pela PF por conta de ter sido supostamente cometido no ambiente do hospital, que é federal. Ele se passava por médico ginecologista para realizar falsos exames nas gestantes.

O servidor, que é assistente do Laboratório de Análises Clínicas do Husm, está afastado das suas funções e impedido de entrar em espaços de domínio da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi aberto pela UFSM para avaliar a conduta dele. O servidor pode ser exonerado do cargo. O PAD já foi prorrogado três vezes. O prazo se esgota no dia 3 de março.

Apesar de já ter indiciado o suspeito, o delegado Caneda ainda deve interrogá-lo na próxima semana.

Investigação

O indiciamento veio após a PF receber laudos periciais de equipamentos de mídia, como uma máquina fotográfica e computadores. Conforme a PF, o suspeito alegou que estava realizando uma pesquisa de mestrado na área. No entanto, a perícia não encontrou nenhum material relacionado ao tema no seu computador. Mesmo que a pesquisa fosse real, ele precisaria passar por uma comissão para conseguir a autorização.

Além disso, foram encontrados muitos materiais pornográficos, mas provenientes da internet, e também foto de genitálias femininas, que não eram das seis possíveis vítimas, já que tinham datas anteriores ao fato.

A PF também havia solicitado respostas ao Husm com base nos prontuários médicos das pacientes. Elas não tiveram nenhum agravamento clínico em decorrência dos abusos. O suspeito teve a sua prisão preventiva negada pela Justiça Federal, mas precisa se apresentar periodicamente na sede da Justiça como forma de evitar uma fuga e também está impedido de entrar em locais de domínio da UFSM.

* Diário de Santa Maria


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