Polícia



Governo Leite 

Combate ao tráfico, prisão de ladrões de banco e elucidação de casos rumorosos: o perfil do novo titular da Segurança 

Vice-governador eleito, Ranolfo Vieira Júnior (PTB), 52 anos, assume pasta em janeiro

20/12/2018 - 21h55min


Leticia Mendes
Porthus Junior / Agencia RBS
Ranolfo é delegado e já chefiou a Polícia Civil

Oito anos após ser anunciado chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior (PTB), 52 anos, foi escolhido para comandar a Secretaria da Segurança Pública do Estado. Vice-governador eleito, será responsável pela pasta a partir de janeiro. Ele assumirá o lugar de Cezar Schirmer. Este é o quarto governo estadual no qual o delegado ocupa cargo de destaque na segurança gaúcha.  

Natural de Esteio, na Região Metropolitana, Ranolfo é formado em Direito pela Unisinos e possui especialização pela Ulbra. O vice-governador é casado e pai de três filhos. Entre o início de 2011 e março de 2014 foi chefe da Polícia Civil do Estado. Deixou o cargo para concorrer a vaga na Assembleia Legislativa do RS.

Em janeiro de 2017, assumiu como secretário da segurança no município de Canoas, a convite do prefeito Luiz Carlos Busato (PTB). Permaneceu no cargo até março deste ano, quando se licenciou para concorrer ao governo do Estado. Ranolfo também é professor universitário e da Academia da Polícia Civil (Acadepol).

O delegado ingressou na Polícia Civil em 1997. Passou por delegacias em Rio Grande, São José do Norte, Canoas e Esteio. Em Porto Alegre, atuou no Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc). Comandou por três anos a Polícia Civil no Vale do Sinos. Neste período, participou do esclarecimento de crimes, como o Caso Sanfelice, que envolveu a morte da jornalista Beatriz Rodrigues. 

Em 2005, tornou-se diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e permaneceu na posição até o fim de 2010 — permanecendo no cargo nos governos Germano Rigotto e Yeda Crusius. Liderou investigações de repercussão como a que resultou na prisão do assaltante de carros-fortes José Carlos dos Santos, o Seco, em abril de 2006. 

Há 13 anos na corporação, em 2011 foi escolhido para comandar a Polícia Civil durante o governo Tarso Genro. Foi ainda o responsável pela criação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em 2013. Considerado policial de perfil operacional, no período em que esteve à frente do Deic transformou em rotina operações envolvendo centenas de policiais.

Na cerimônia onde foram anunciados os nomes da segurança pública do RS na tarde desta quinta-feira (20), Ranolfo afirmou que a gestão priorizará tanto a atuação das polícias, como a prevenção. 

— Teremos uma missão, que é um projeto estruturante do próximo governo, ligando várias secretarias, dentro daquela convicção de que segurança pública não se faz só com ações de segurança. Prevenção é fundamental. As polícias, por assim dizer, são o elo dessa corrente — afirmou. 

No seu discurso, Ranolfo afirmou que novos policiais serão contratados, mas preferiu não entrar em detalhes de como será os próximos concursos públicos. Segundo ele, 200 novos agentes deverão se formar na metade do ano que vem.

— Não se faz segurança pública sem investimento. Queremos seguir investindo em contratação de policiais, com a formação de 2 mil novos policiais, equipamentos, tecnologia, viaturas. Chegarão 400 novas viaturas. Isso é muito importante para que colhamos resultados — disse. 

Ele ainda afirmou que pretende trabalhar de forma integrada com os municípios.

— Temos hoje no Rio Grande do Sul mais de 3500 guardas municipais. A grande maioria dos municípios da Região Metropolitana dispõem de guarda armada. 

Ranolfo disse ainda que o sistema penitenciário será administrado por nova secretaria, que ainda não teve o titular divulgado. Por isso, não foi informado o nome de quem chefiará a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).

Ao fazer o anúncio, o governador eleito, Eduardo Leite, não poupou elogios ao vice e secretário de segurança.

 — Segurança é algo que atinge toda a população. Desde o ano passado fomos nos aproximando, criando laços por identificarmos um mesmo propósito, e criamos uma amizade cívica pela nossa visão de nossa missão na política. Agora eleito governador ao lado dele, tenho nele a pessoa com quem discuto as questões de segurança — afirmou futuro governador.


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