Polícia



Crime de 2022

Padrasto é condenado a mais de 58 anos de prisão por morte de menino de dois anos em Cidreira; mãe é absolvida

Julgamento iniciou na manhã desta quinta e terminou no início da madrugada de sexta-feira

12/04/2024 - 09h31min

Atualizada em: 12/04/2024 - 09h40min


Gustavo Gossen
Gustavo Gossen
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Isadora Garcia
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O júri da mãe e do padrasto do menino Anthony Chagas de Oliveira foi encerrado por volta de meia-noite desta sexta-feira (12). Diego Ferro Medeiros, 22 anos, foi condenado a 58 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado por homicídio qualificado e foi absolvido da acusação de tortura. A mãe de Anthony, Joice Chagas Machado, 28 anos, foi absolvida. Ela respondia pela acusação de tortura por ser apontada como omissa às agressões do companheiro.

O julgamento iniciou por volta das 9h desta quinta-feira (11), no Tribunal do Júri de Tramandaí, no Litoral Norte. E foi presidido pelo juiz de direito Gilberto Pinto Fontoura, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca.

Além da morte, o padrasto, que tinha 21 anos à época do caso, foi acusado de agredir a criança com socos, tapas, puxões e empurrões, em razão de um suposto choro do menino. A sentença determinou que ele é culpado pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e por ter sido cometido contra menor de 14 anos. O réu foi absolvido da acusação de tortura. Cabe recurso da decisão, porém Diego seguirá preso, não podendo recorrer da decisão em liberdade. 

A mãe de Anthony, por sua vez, respondeu ao processo em liberdade e, a partir da sentença desta sexta-feira, foi absolvida.


Julgamento

Ao longo do dia, foram ouvidas três testemunhas chamadas pela defesa do réu. A defesa da acusada desistiu da única testemunha que tinha definido. O Ministério Público não indicou testemunhas de plenário. 

Os réus também foram interrogados. E, na etapa dos debates, acusação e defesas apresentaram os seus argumentos aos jurados.

Relembre o caso

Em outubro de 2022, Anthony foi encaminhado desacordado para um posto de saúde em Cidreira, onde foi constatado que ele apresentava diversas lesões no corpo. O menino não resistiu aos ferimentos e morreu no local, aos dois anos. A denúncia aponta que o padrasto costumava agredir o enteado e que, naquele dia, teria efetuado diversos golpes ao chegar em casa com a criança.


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