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Saiba como usar o FGTS para diminuir a prestação da casa própria

O trabalhador que está pagando as prestações da residência pode ganhar fôlego nas contas do mês com o Fundo

21/04/2016 - 11h02min

Atualizada em: 21/04/2016 - 11h03min


Leandro Rodrigues
Leandro Rodrigues
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A casa de dois quartos no Bairro Restinga, na Zona Sul de Porto Alegre, é um orgulho para o vigilante Carlos Vellasque, 41 anos. A residência é o lar dele, da esposa e dos quatro filhos, entre um e 18 anos.

Um terceiro quarto já está na mira. São planos possíveis graças ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – que, embora muita gente não saiba, além da aquisição, também pode ser utilizado para abater o valor das prestações do financiamento imobiliário.

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– Eu usei há dois anos para diminuir o valor da entrada. Agora, estou usando para reduzir o valor das prestações. Deixar lá parado não rende, e assim ajuda muito – diz o vigilante.

Ele optou por enxugar as prestação por 12 meses consecutivos, podendo renovar a cada ano. No que depender dele, vai seguir assim.

– A gente avaliou que serve mais diminuir agora a prestação. Se usasse no saldo, cairia muito pouco o valor. Vamos ficar 20 anos pagando, não faz diferença – avalia o trabalhador.

Reduzir a prestação

Todo trabalhador pelo regime CLT tem garantido o depósito mensal igual a 8% do salário em uma conta do FGTS pelo empregador. É uma proteção para o caso de demissão.

Há poucas exceções para permitir o saque, uma delas é a aquisição da casa própria. Especialistas afirmam que, neste caso, o Fundo pode ser usado de olhos fechados.

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– Sendo para a casa própria, é altamente indicado usar o FGTS. Porque o trabalhador o está aplicando no patrimônio – diz a economista Ione Amorim, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

É possível gastar a reserva para abater o saldo, diminuindo o valor total da dívida. Com isso, pode-se manter o número de parcelas com prestação menor ou diminuir a quantidade de prestações. A opção do vigilante Calos foi diminuir só o valor da prestação, no limite de até 80% da parcela.

Bom negócio

O diretor da Associação dos Mutuários e Moradores das Regiões Sul e Sudeste, Anderson Machado, explica que essa escolha não é a ideal.

– A prestação é o total da dívida dividido pelo número de parcelas mais os juros. Ou seja, na opção de apenas reduzir a prestação, o Fundo é também gasto nos juros. Usado no saldo, se abate somente a dívida – diz Anderson.

Mas quem sacar o FGTS para a largada da casa própria pode encontrar uma boa oportunidade, avisa o economista e consultor financeiro Alfredo Meneghetti Neto.

– Em um cenário de retração, quando os compradores desaparecem, quem chega com o FGTS para uma aquisição comanda. É possível fazer um ótimo negócio – avalia o economista.

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* Diário Gaúcho

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