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Verdade ou mentira: falso teste de glicose seria usado para transmitir o vírus HIV 

Boato divulgado em redes sociais e por mensagens diretas alerta para mulher que estaria abordando pessoas em locais de grande movimento

23/06/2016 - 16h50min

Atualizada em: 23/06/2016 - 16h52min


Um alerta de causar pânico está sendo espalhado pelas redes sociais e grupos privados de mensagens. Uma criminosa estaria decidida a espalhar o vírus HIV em locais públicos, se aproveitando da ingenuidade ou desatenção das pessoas.

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A mensagem avisa que uma mulher, com o pretexto de realizar um teste de glicemia, estaria contaminando pessoas com o HIV. Quem controla os índices glicêmicos conhece bem o exame: com uma pequena agulha se extrai uma gota de sangue da ponta do dedo.

"Pessoal...se vocês forem a shopping ou local movimentado e por acaso alguém abordar pedindo pra vocês fazerem a medição da glicose: denuncie! Este suposto teste está passando o vírus HIV. Repassem para os contatos de vocês! Pedido da vigilância sanitária e PM. A mulher está vestida como enfermeira, cuidado! É muito sério isso! Repassando informação de outro grupo."

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A verdade é que mensagem idêntica, circula pelas redes há, pelo menos, dois anos. Mesmo recado foi divulgado em 2014 no interior de Minas Gerais, também provocando receio na população. Voltou a aparecer no ano passado, dessa vez no interior de São Paulo.

– Um boato sobre alguém picando pessoas com uma agulha contaminada em cinemas também circulou por aqui. Felizmente, acabam sendo boatos – diz o médico Fabiano Ramos, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital São Lucas da PUCRS.

Mas ele alerta que a chance de contaminação por uma picada como a do boato existe, apesar de baixa. Isso porque a quantidade de vírus na ponta de uma agulha seria pequena, e poderia ser ainda menor no caso da pessoa que contaminou o objeto estar em tratamento contra o vírus.

– De qualquer forma, vale as pessoas saberem que não devem aceitar exames de estranhos, na rua, de forma aleatória. Os órgãos de saúde, quando oferecem essas medições públicas, estão bem identificados e usam materiais descartáveis – avisa o médico.

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