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Produtos das ceias de fim de ano estão mais salgados do que a inflação, mas tem como economizar

Pesquisas mostram que os itens tradicionais ficaram mais caros. Consumidores podem apostar na troca por produtos mais baratos. 

13/12/2016 - 05h06min

Atualizada em: 13/12/2016 - 14h15min


Leandro Rodrigues
Leandro Rodrigues
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Os gaúchos terão de usar a criatividade para que os gastos com as festas de final de ano doam menos no bolso. Isso porque aumentaram os itens que fazem parte das ceias de Natal e de Ano-Novo. O Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas (Iepe/Ufrgs) finalizou ontem levantamento que mediu a variação de preços de produtos consumidos nas ceias. Foram comparados os preços de 42 itens em supermercados da Região Metropolitana de Porto Alegre. A constatação foi de que o aumento médio neste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, ficou em 12,33%. Do total, 33 produtos aumentaram de preço, enquanto nove tiveram queda.

Entre os "vilões", segundo o Iepe, estão o pacote de 500g de lentilha, que saltou de R$ 5,29 para R$ 8,99 (69,9%), e o quilo de frutas cristalizadas, de R$ 10,63 para R$ 17,49 (64,53%). Estudo semelhante do Instituto Segmento Pesquisas, a pedido da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), revelou que os preços de produtos típicos para as festas estarão em média 8,2% mais caros do que no ano passado. A pesquisa revela que os "vilões" são os espumantes (alta de 10,6%) e as aves natalinas (8,6%).

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Os percentuais de aumento ficaram acima da inflação média registrada pelo IPC/FGV entre dezembro de 2015 e novembro deste ano, que foi de 6,76%. Já o IPCA, do IBGE, teve avanço de 6,99% nos últimos 12 meses.

Aposta

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas também fez o seu levantamento sobre o quanto mais salgada ficará a ceia de Natal para os brasileiros: neste ano, em média, 10,19% mais cara do que em 2015. Entre os itens que apresentaram maior aumento de preço nacional, estão azeite (17,52%), vinho (16,95%) e frutas frescas (16,91%).

Mas isso não significa aceitar passivamente pagar mais pelas ceias. A própria pesquisa da Agas aponta que 48% dos consumidores pretendem diminuir os gastos neste Natal e Ano-Novo. De acordo com o educador financeiro Jaques Diskin, há previsão de uma redução de 5% no consumo em relação aos produtos típicos dessa época. Não houve reposição salarial suficiente ao longo do ano e está nas mãos dos consumidores empurrar para baixo os preços:

– O comportamento do consumidor, deixando de comprar e substituindo por produtos mais baratos, pode fazer os preços baixarem mais até o Natal.

Zuleica está na fase da pesquisa de preços

A funcionária pública Zuleica Pinto Soares, 58 anos, tem olhado no súper os preços de produtos como chester e panetone, mas vai deixar as compras para a semana anterior ao Natal:

– É certo que os supermercados irão baixar mais os preços para vender. Por enquanto, está alto.

Destaques do final de ano

Espumantes: as cervejas artesanais devem ganhar espaço e substituir os espumantes no Natal. Mas no Ano-Novo, a bebida volta a reinar. Espera-se a venda de 4,8 milhões de garrafas, 95% da Serra Gaúcha. Uma opção é comprar nos free shops das fronteiras, onde as bebidas podem ser mais baratas pela isenção de impostos.

Panetones: cerca de 4 milhões de unidades serão vendidas neste fim de ano, 12% da produção nacional. Há produtos que variam até 500% no preço, entre o simples e o mais sofisticado.

Aves natalinas: a concorrência pode beneficiar os consumidores, há diversas opções de marcas, temperos e preços. Os gaúchos deverão privilegiar os "frangões" e aves de mais fácil preparo. Ao todo, 850 mil aves serão comercializadas no Estado.

Bombons: presente de última hora, as caixas de bombons voltam a ter crescimento nas vendas no final de ano. A estimativa é de que cerca de 6 milhões de caixas sejam vendidas nos supermercados, crescimento de 4,3% em relação ao ano passado.

Dar de presente um bom vinho é uma ótima ideia!

Presentes menores: cada gaúcho deve presentear, em média, seis pessoas de suas relações. Pequenos carrinhos e bonecas, flores, vinhos e caixas de bombons são os mais procurados por esse público. As roupas (55,9%) seguem sendo o presente mais procurado para adultos, enquanto os brinquedos (81%) serão mais buscados por quem deseja presentear crianças com até 12 anos.

Fonte: Associação Gaúcha de Supermercados (Agas)




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